Saindo de um complexo na Nova Zelândia, o satélite ADRAS-J irá analisar detritos de um foguete japonês presente no espaço há 15 anos
Isabelly de Lima Publicado em 20/02/2024, às 10h01
Nas últimas décadas, a preocupação com o lixo espacial tem crescido, com restos de satélites e foguetes acumulados no espaço sem destino definido. Para abordar essa questão, o Japão lançou a primeira espaçonave do mundo projetada para identificar e remover resíduos espaciais, através do programa Demonstração Comerciais de Remoção de Detritos (CRD2).
O objetivo do projeto inovador da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), em parceria com empresas privadas, é eliminar detritos japoneses no espaço, como informado pela AFP.
O programa iniciou-se no domingo, 18, com o lançamento do satélite ADRAS-J, da empresa Astroscale Japan, a partir do Complexo de Lançamento 1 da Rocket Lab, na Nova Zelândia.
"A equipe de Operações da Missão da Astroscale Japan em Tóquio conseguiu fazer contato com o ADRAS-J e está pronta para iniciar as operações", afirmou Eijiro Atarashi, gerente de projeto do ADRAS-J, em comunicado.
Confira o vídeo do lançamento do satélite:
O satélite tem a missão de localizar os restos do foguete japonês H2A, lançado há 15 anos, em 2009. Embora a localização exata da estrutura seja desconhecida, serão utilizados dados de observação da Terra para ajudar o ADRAS-J a encontrar e orbitar o H2A, permitindo a coleta de imagens para avaliar o estado do foguete.
A missão ADRAS-J será a primeira tentativa do mundo de se aproximar com segurança e caracterizar uma peça de grandes detritos por meio de operações de encontro e proximidade”, afirmou Nobu Okada, CEO e fundador da Astroscale, segundo o Space.com.
Entre as possíveis soluções para o lixo espacial estão o uso de raios laser para empurrar o H2A para uma nova órbita e o "caminhão de reboque" da Astroscale, capaz de recuperar satélites inoperantes por meio de força magnética. Contudo, essas são medidas para o futuro, segundo a Galileu.
Nos próximos meses, o ADRAS-J testará tecnologias para se aproximar do H2A, coletar informações e monitorar a estrutura. Os dados obtidos serão fundamentais para planejar a segunda fase do programa CRD2, que incluirá a captura e a remoção do lixo espacial.
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