Irmão de Tupac acredita que Diddy mentiu sobre envolvimento na morte do rapper

Enquanto o rapper Sean Combs, o Diddy, está preso em meio as acusações sobre acusações de tráfico sexual, abuso, agressão e extorsão, um novo episódio polêmico pode cair nas costas do produtor musical: o assassinato de Tupac Shakur em 1996.

Em entrevista ao talk-show Piers Morgan Uncensored na última sexta-feira, 11, o meio-irmão de Tupac, Mopreme Shakur, disse não acreditar que Diddy estava sendo "100% honesto" quando negou ter tido qualquer participação no assassinato de seu irmão — um rumor que já circula há anos e voltou a ganhar força desde a prisão de Combs.

Tupac morreu em 13 de setembro de 1996, em um tiroteio após sair de uma luta de boxe do MGM Grand em Las Vegas. Naquela época acontecia o auge da guerra do rap entre Diddy/Tupac contra Christopher Wallace, mais conhecido como Notorious BIG.

Em 2008, em entrevista ao Los Angeles Times, Diddy alegou que nem ele, nem Notorious BIG tinham "qualquer conhecimento de qualquer ataque a Tupac".

Minha opinião é que não acredito que tenha sido uma declaração 100% honesta", disse Moprene à Piers Morgan quando questionado sobre a fala. "Então, novamente, temos que descobrir o que é verdadeiro e o que é falso. O que é real e o que não é".

Anos após a morte de Tupac, Mopreme conta que se encontrou pessoalmente com Diddy. Na ocasião, Combs lhe disse cara-a-cara que não tinha participação no assassinato de Shakur. "[Ele] basicamente disse que não teve nada a ver com o assassinato do meu irmão".

"Eu disse a ele: 'A verdade ainda não foi revelada, então vamos ver.' Aqui estamos, 27, 28 anos depois, parece que há alguma dúvida nessa declaração, junto com todas as outras suspeitas que as pessoas têm", continuou ao talk-show. 

Quando Mopreme foi questionado se ele acha que Combs mentiu na época, ele foi claro: "É bem possível e é o que parece, na minha opinião". No entanto, vale ressaltar, Diddy nunca foi preso, indiciado ou acusado em conexão com essas alegações.

Caso reaberto 

Em julho, o Page Six relatou que a família de Tupac estava considerando abrir um processo por homicídio culposo contra Combs por seus supostos laços com o tiroteio fatal do rapper. 

Segundo o veículo, a nova investigação acontece após Duane 'Keefe D' Davis, acusado do assassinato de Tupac, dizer uma vez à polícia de Vegas que Combs supostamente pagou US$ 1 milhão pela morte Tupac.

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"[Davis] afirmou publicamente que só denunciou a si mesmo e não estava tentando fornecer evidências contra ninguém em suas conversas com a polícia", diz um documento de 18 de julho do Gabinete do Promotor Público do Condado de Clark, obtido anteriormente pela Fox5 .

No entanto, esta declaração desmente esta alegação, pois ele sugeriu que Sean Combs pagou [ao traficante] Eric Von Martin um milhão de dólares pelos assassinatos, bem como se ofereceu para marcar uma ligação telefônica secreta com Terrence Brown, o motorista, que, na época, ainda estava vivo", continua o documento.

Greg Kading, ex-detetive do Departamento de Polícia de Los Angeles e que estava trabalhando no caso do assassinato do rapper, também afirmou em seu livro, 'Murder Rap', que Davis havia confessado os laços de Combs.

Na semana passada, a investigadora Sheryl McCollum deu uma entrevista ao programa Banfield, da NewsNation, destacando que ela achava que Diddy poderia estar envolvido no crime. Os representantes de Combs, porém, não comentaram sobre o assunto.