Espécie invasora foi acidentalmente introduzida na região após a Segunda Guerra Mundial e acabou gerando graves desequilíbrios ambientais
Giovanna Gomes Publicado em 16/11/2024, às 07h30
A ilha de Guam, a 2.500 km das Filipinas, é um destino paradisíaco no Pacífico, mas esconde um problema alarmante: a presença de milhões de serpentes arbóreas marrons. Essa espécie invasora, introduzida acidentalmente após a Segunda Guerra Mundial, dominou o ecossistema local, resultando em graves desequilíbrios ambientais. Estima-se que a ilha abrigue cerca de dois milhões dessas serpentes, cuja voracidade causou a quase extinção das aves nativas.
Com a perda de aproximadamente 10 das 12 espécies de aves locais, a dispersão de sementes, essencial para a regeneração das florestas, foi drasticamente reduzida. Isso colocou mais de 70% da vegetação de Guam em risco de extinção, ameaçando o frágil equilíbrio ecológico da região. A ausência de predadores naturais para as serpentes intensificou o problema, permitindo sua proliferação sem controle, de acordo com o portal O Globo.
Henry Pollock, diretor-executivo do Fideicomisso de Tierras de las Llanuras del Sur, explicou em entrevista à BBC a gravidade da situação: “Essas serpentes comem qualquer coisa que encontram – inclusive umas às outras.” Além de predarem aves, competem com outras espécies por recursos, aprofundando o impacto sobre a biodiversidade.
A proliferação desenfreada das serpentes arbóreas marrons alterou dramaticamente a paisagem de Guam. Sem intervenções eficazes, a ilha corre o risco de perder sua flora e fauna nativas, ficando cada vez mais vulnerável a um colapso ecológico e a um futuro incerto.
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