Várias famílias nativas da região foram impedidas de plantar e pescar por conta dos dejetos tóxicos
Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 22/12/2021, às 14h48
Em 2015, rompeu-se uma barragem da Samarco localizada na cidade de Mariana, em Minas Gerais. Dez metros de lama repleta de resíduos tóxicos soterraram 39 municípios, matando 19 pessoas e desabrigando muitas outras.
A tragédia teve consequências ambientais desastrosas para a região, e o impacto deixado pelo episódio afeta até hoje a vida de quem habita o local, como é o caso de 1.650 famílias indígenas, de acordo com informações repercutidas pelo G1 nesta quarta-feira, 22.
Para compensar o fato que essas pessoas precisaram abandonar suas atividades de agricultura, pesca e artesanato devido à poluição do solo e da água, a Fundação Renova, que é mantida pela Samarco e recursos públicos enviados pelo governo, irá encaminhar de 400 milhões de reais para a população nativa afetada.
A decisão, que foi determinada pela Justiça brasileira, é o resultado de uma série de acordos estabelecidos após cerca de 40 reuniões com líderes tupiniquins e guaranis.
Você não poder usufruir do espaço que você nasceu e cresceu é uma perda de identidade, é uma perda cultural. A criança hoje que nasceu de 2015 não sabe pescar e nem nadar no lugar onde está sua família", pontuou o cacique Antônio Carlos, ainda conforme o g1.
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