Caso ocorreu e foi gravado na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, no dia 2 de agosto
Redação Publicado em 14/12/2022, às 15h13
Wilho da Silva Brito, de 40 anos, é um homem que chamou a atenção em agosto deste ano após ter sido abordado na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo e, na ocasião, gravado proferindo falas racistas e homofóbicas. Além disso, no local ele também fez apologias ao nazismo e lia o livro 'Minha Luta', escrito por Adolf Hitler em 1925.
Porém, apesar da confusão momentânea, logo o homem foi detido pela polícia, sendo preso em flagrante. Foi só recentemente que ele foi finalmente sentenciado pelos crimes, a uma pena de dois anos e oito meses em regime semiaberto — ou seja, em colônia penal ou estabelecimentos similares, podendo ainda trabalhar ou estudar.
De acordo com informações do UOL, a juíza responsável pelo caso, Larissa Tunala, alegou que o denunciado possui uma visão "absolutamente deturbada em relação aos valores constitucionais como a igualdade entre todos". "Entende-se [como] superior, contribuindo para disseminação do pensamento preconceituoso e, mais, de atitudes racistas", acrescenta.
Além disso, a juíza ainda afirmou que Wilho não se ateve a uma leitura silenciosa do livro de Hitler — o que não seria um problema, visto o direito de liberdade de expressão —, e começou a utilizar a imagem da capa como um símbolo, "em nítida exposição como forma de divulgação e adoração ao nazismo". Por fim, além da prisão, o homem ainda deve pagar uma indenização no valor de R$ 50 mil à biblioteca — porém, ele ainda pode recorrer ao processo.
No dia 2 de agosto deste ano de 2022, Wilho da Silva Brito, de 40 anos, foi preso em flagrante na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, após acusação — com provas em vídeo — de que teria proferido ofensas racistas e homofóbicas a outras pessoas, além de apologia à Adolf Hitler, líder nazista responsável pela morte de milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial.
Na ocasião, após perceber que estava sendo filmado, reafirmou que não gostava de pessoas negras, sob a afirmação de que "se [negros] prestassem, não eram discriminados pela sociedade". À Justiça, no entanto, afirmou que não é obrigado a gostar deles, mas "que convive bem com eles".
Acrescentou ainda que sentia grande admiração por Hitler por sua capacidade intelectual, e que considerava o nazismo uma espécie de religião. Em interrogatório, por sua vez, afirmou ter sido vítima de uma armação pois "estava apenas estudando quando foi abordado por um grupo de pessoas que quiseram atrapalhar a sua vida".
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