Datado do século 13, o cemitério conta com três esqueletos de pessoas violentamente assassinadas que pertenciam à mesma família
Isabela Barreiros Publicado em 06/09/2019, às 14h00
Em 1238, centenas de russos foram massacrados na invasão mongol à Rússia, comandada por Batu Khan, governante do Império da Mongólia. Em Iaroslavl, arqueólogos encontraram um dos cemitérios que podem ajudar a entender as atrocidades cometidas pelo grupo na região.
A partir de análises de DNA feitas pelos Instituto de Física e Tecnologia de Moscou e do Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências, os pesquisadores revelaram que três pessoas, de um total de 15 vítimas em uma ala comum, eram familiares.
Os esqueletos eram de uma mãe, filho e avó. "Além de recriar a imagem geral da queda da cidade em 1283, agora vemos a tragédia de uma família", disse Asya Engovatova, do Instituto de Arqueologia.
Além disso, o estado em que os restos foram encontrados também falam muito sobre a brutalidade dos invasores. As marcas incluem traços de perfurações, cortes não cicatrizados e evidências de que alguns haviam sido queimados por conta do incêndio que devastou a cidade na época.
"A conquista de Batu Khan foi a maior tragédia nacional, superando qualquer outro evento de crueldade e destruição. O que sabemos agora sobre esses ataques sugere que as descrições crônicas de 'uma cidade afogada em sangue' não eram apenas uma figura de linguagem”, comenta Engovatova.
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