Metroviários franceses protestam contra perda de benefícios na aposentadoria. A paralisação é a maior dos últimos 12 anos
Isabela Barreiros Publicado em 13/09/2019, às 15h30
Os funcionários da RATP (Autoridade Autônoma de Transportes de Paris), empresa responsável pelo transporte público, pararam a cidade de Paris, na França, nesta sexta-feira (13). 10 das 16 linhas de metrô foram fechadas e os ônibus passaram a funcionar com frota reduzida apenas em regime de serviço mínimo.
O intuito da greve é protestar contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Macron. Como promessa de sua campanha, o objetivo é acabar com os 43 regimes especiais de aposentadoria e criar um sistema “universal” de pontos. Neste projeto, "um euro de contribuição concede os mesmos direitos".
Os metroviários, segundo a regra atual, assim como outros trabalhadores que atuam em áreas consideradas mais perigosas, recebem benefícios diferentes das outras profissões. Eles podem, por exemplo, se aposentar antes do resto dos franceses. A proposta de Macron acabaria com esses direitos.
"Não é uma greve de privilegiados, esta é uma greve de trabalhadores que afirmam 'queremos nos aposentar com uma idade razoável e em condições razoáveis'", disse Philippe Martinez, secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalho), sindicato francês.
A greve de hoje é a maior de Paris dos últimos 12 anos. A segunda maior do setor de transportes aconteceu em 2007, quando o ex-presidente Sarkozy quis aumentar a idade de aposentadoria da maioria dos funcionários públicos do país.
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