Nascido em Detroit, Michigan, nos Estados Unidos, Richard Phillips tinha apenas 22 anos quando foi acusado de um crime que não cometeu
Redação Publicado em 02/11/2024, às 11h57
Nascido em Detroit, Michigan, nos Estados Unidos, Richard Phillips tinha apenas 22 anos quando foi acusado de um crime que não cometeu. Ele trabalhava como auxiliar administrativo e sustentava sua família.
“Eu estava com um amigo que tinha roubado uma loja num Mustang Laranja. A polícia apareceu e me levou preso com ele”, relembrou em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. Na delegacia, o proprietário da loja precisava identificar o ladrão: "Ele disse: 'é o número 4.' Adivinha quem era o número 4? Eu! E eu nunca tinha visto aquele cara na minha vida".
A situação, já desesperadora, se agravou. Phillips não podia entregar seu amigo, pois sabia que aqueles que faziam isso corriam sérios riscos. O amigo, por sua vez, aproveitou a situação para escapar da culpa pelo assassinato e jogou a responsabilidade nele, que acabou recebendo uma sentença de prisão perpétua.
Em 1971, Phillips foi acusado do assassinato de Gregory Harris. Sem evidências físicas ou testemunhas, a condenação levou à pena de prisão perpétua. Mesmo mantendo sua inocência e recusando-se a confessar, Phillips enfrentou uma luta difícil por justiça, buscando apoio de organizações que revisam condenações injustas, repercute o g1.
Em 2017, um grupo de defensores públicos decidiu investigar o caso dele e conseguiu corroborar tudo o que Phillips havia afirmado ao longo dos últimos 46 anos, comprovando assim sua total inocência.
Após 46 anos de encarceramento, ele foi libertado. Sua exoneração completa ocorreu em 2018. O caso foi um dos mais longos de prisão injusta na história dos Estados Unidos.
O mais próximo que cheguei de receber uma proposta de acordo foi quando meu advogado me procurou e disse que talvez pudesse fazer um acordo. Naquela ocasião, eu lhe disse o que vou repetir agora... Prefiro morrer na prisão a admitir algo que não fiz", disse ao Jornal Nacional.
Phillips recebeu uma indenização milionária do Estado e atualmente vive da paixão que descobriu enquanto estava preso: a pintura.
Desde sua libertação, ele se tornou um defensor da reforma do sistema judicial e, embora os 46 anos perdidos não possam ser recuperados, ele mantém um espírito otimista: "Eu tento não viver no passado".
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