Gripe aviária mata milhares de pelicanos na Venezuela e preocupa Peru

Recentemente, a gripe aviária voltou a chamar atenção em alguns países, especiamente na América do Sul, após ter sido responsável pela morte de milhares de pelicanos no Peru. Com o evento, a Venezuela veio a declarar situação de alerta sanitário por 90 dias em cinco estados costeiros do país, na última sexta-feira, 2.

Tamanha preocupação se deve porque a doença do vírus, o AH5N1, matou mais de 13 mil aves marinhas no Peru, sendo a maioria pelicanos. Por isso, de acordo com a Revista Galileu, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) chegou a emitir um alerta de nível internacional para que as nações se atentem com a doença.

Segundo o órgão, a doença pode se espalhar caso as medidas adequadas não sejam tomadas, devido a migração sazonal das aves, de forma que pode se espalhar por toda a América Central e demais países da América do Sul. A Venezuela, onde o estado de alerta sanitário foi instituído, já chegou a registrar seus primeiros casos de gripe aviária, também em pelicanos.

Gripe aviária

A doença mais conhecida como gripe aviária, causada pelo vírus da H5N1 — sendo que a que assola alguns países sul-americanos atualmente é a do tipo A —, normalmente infecta aves selvagens e domésticas, não possuindo qualquer tipo de cura ou tratamento na atualidade, e provocando alta taxa de mortalidade entre os animais.

Apesar de raro, a doença também pode afetar seres humanos, tendo sido registrados somente 868 casos de transmissão de aves para humanos em 19 anos — o que resultou em 456 mortes. Entre os sintomas, destaca-se vermelhidão nos olhos e outros semelhantes ao da gripe, além de pneumonia e dificuldade para respirar, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).