Entrevista aconteceu no 'Roda Viva' nesta segunda-feira, 23
Éric Moreira Publicado em 24/05/2022, às 15h30
Gilberto Gil, cantor e compositor brasileiro, esteve em entrevista no programa 'Roda Viva', da TV Cultura, nesta segunda-feira, 23. Durante a conversa, comentou sobre a importância da democracia e também sobre os impactos negativos do governo de Jair Bolsonaro para com as instituições culturais.
Foram instituições fortalecidas em governos anteriores. Processos e projetos de fomento foram totalmente abandonados", apontou Gil. "Consternação não é suficiente, é preciso batalhar, insistir no fortalecimento dos mecanismos democráticos, que garantam a manifestação de vários grupos, a liberdade de expressão."
Gilberto Gil também apontou a importância do voto como ferramenta da população, para manter governos interessantes, ou para que mudanças significativas ocorram na sociedade, de forma a valorizar mais a própria cultura e produções culturais em geral. "Boa parte do Brasil reivindica a substituição dos que estão aí", contou.
Em sequência, sobre sua retomada de ancestralidade nas produções, com elementos africanos e de forma a da voz à população negra, afirma: "Sou muito grato ao fato de que isso [participação e letras na música] tenha ajudado no processo de uma afirmação cada vez maior de setores que foram sempre menosprezados, desprezados, por várias razões, como o racismo. Ter possibilitado que essas vozes desses movimentos mais recentes se elevem no sentido de cobrar a sua inclusão e visibilidade que merecem me orgulha."
Gilberto Gil assumiu uma posição dentro da Academia Brasileira de Letras (ABL) recentemente, no dia 8 de abril. De acordo com o cantor, o aspecto mais importante de sua presença é a cultura popular.
A oralidade é muito importante e no Brasil ela é uma coisa extraordinária", comentou para a escritora Djamila Ribeiro. "[...] A música popular é a palavra cantada. É a oralidade levada ao extremo pela junção da música com a melodia, ritmo e etc."
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