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Estados Unidos

Gatos apresentam laços afetivos tanto quanto crianças e cachorros, indica estudo

Pesquisa feita na Universidade de Ohio quebra crença de longa data

Fabio Previdelli Publicado em 24/09/2019, às 11h56

Muitos acreditam que os gatos são animais mais independentes e não se apegam muito aos seus donos. No entanto, um estudo promovido por pesquisadores da Universidade de Ohio mostra que a crença de longa data não é tão verdadeira quanto parece.

O estudo mostrou que os felinos formam vínculos com seus donos e reagem da mesma maneira que crianças e cachorros quando são inesperadamente deixados em paz. Vale ressaltar que essa é a primeira vez que uma pesquisa desse tipo foi feita com os felinos.

Felinos formam vínculos com seus donos e reagem da mesma maneira que crianças e cachorros / Crédito: Reprodução


A principal responsável pela análise foi a doutora Kristyn Vitale, pesquisadora do Laboratório de Interação Humano-Animal da Faculdade de Ciências Agrícolas. Ela explica que o apego dos animais é um comportamento biologicamente relevante: “Nosso estudo indica que, quando os gatos vivem em um estado de dependência humana, esse comportamento de apego é flexível e a maioria deles usa o humano como fonte de conforto”.

O estudo

Os pesquisadores selecionaram 70 gatinhos que passaram por três processos: primeiro eles seriam colocados individualmente em uma sala com seus respectivos donos por dois minutos. Depois desse período, eles ficariam outros dois minutos sozinhos e por último eles ficariam mais dois minutos novamente com seus cuidadores.

Observando todas as reações em outra sala, os especialistas relataram que 64,3% dos bichanos mostraram sinais de apego e segurança. Quando seus donos retornavam para o local, eles ficavam mais relaxados e dividiam seu tempo entre buscar carinho e explorar os arredores.

70 gatinhos passaram por três estapas na pesquisa / Crédito: Reprodução


Os outros 35,7% foram categorizados como apegados, mas inseguros. Esses apresentavam sinais de estresse, como lamber os próprios lábios e torcerem o rabo. Quando seus donos retornavam, ou eles ficavam um tempo afastados ou pulavam no colo sem se mover.

Para meio de comparação, pesquisas anteriores mostraram que o nível de apego e segurança na presença de algum familiar é de 65% para crianças e 58% para cães. Krystin rechacaça os pensamentos tendenciosos que muitos tem com os bichanos, ela explica que a maioria usa o dono como fonte de segurança: “Seu gato depende de você para se sentir seguro quando está estressado”.

Os resultados da pesquisa serão publicados em breve na revista Current Biology.

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