A taxa, vigente desde os tempos de Dom Pedro II, é destinada aos descendentes do último imperador do Brasil
Redação Publicado em 18/02/2022, às 19h09 - Atualizado em 19/02/2022, às 14h56
Diante do estado de calamidade pública em Petrópolis como consequência das chuvas, Marcelo Freixo propôs uma solução baseada num assunto que rende debates há anos.
O deputado federal pelo PSB disse, nesta sexta-feira, 18, que propôs um projeto de lei que visa a utilização do laudêmio para ajudar a reerguer a cidade devastada pelas chuvas.
O laudêmio nada mais é que uma taxa que as pessoas que residem em Petrópolis pagam aos descendentes de Dom Pedro II, do ramo Petrópolis. Isso mesmo, uma taxa vigente desde o Brasil Império, criada especificamente em 1847.
Qualquer um que adquira um imóvel localizado na antiga fazenda Córrego Seco, que foi do imperador, os descentes de Pedro II recebem 2,5% do valor de mercado.
Vale ressaltar que atualmente, a antiga área hoje abriga bairros valorizados e o centro de Petrópolis.
"A cidade está destruída, famílias foram devastadas, o número de mortos já ultrapassa os 120. O que estamos vendo não pode conviver com algo tão absurdo como o laudêmio", relembrou Freixo, conforme repercutido pela Coluna de Leonardo Sakamoto, no UOL.
"Por que uma sociedade devastada precisa continuar pagando um imposto para a antiga família real sobre transações imobiliárias? Temos que transformar esse valor em fonte de reconstrução da cidade. Dinheiro público precisa ser destinado ao interesse público", explicou Freixo.
A iniciativa de Freixo não agradou a Cláudio Castro, do PL. Através de sua conta oficial no Twitter, o político chamou Marcelo de 'oportunista'.
"@Marcelo Freixo, você é o maior oportunista que eu conheci em toda a minha vida! Você só sabe fazer politicagem em cima do sangue e da tragédia das pessoas! É uma espécie de ZÉ DO CAIXÃO da política! Vem a Petrópolis mentir, intrigar e gerar confusão", escreveu ele.
Governador @claudiocastroRJ, não é hora de atacar e brigar. O momento é de união, porque tem muita gente em risco e muito trabalho a ser feito. Aceite ajuda rapidamente de quem oferecer, mantenha a serenidade e vamos ao trabalho.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 18, 2022
Freixo não se calou diante do ataque e disse que não é hora de 'atacar e brigar'.
"Governador @claudiocastroRJ , não é hora de atacar e brigar. O momento é de união, porque tem muita gente em risco e muito trabalho a ser feito. Aceite ajuda rapidamente de quem oferecer, mantenha a serenidade e vamos ao trabalho", diz ele.
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