Com um olho esbugalhado para fora da cabeça, a descoberta mobilizou pesquisadores da Universidade de Oregon
Wallacy Ferrari Publicado em 11/08/2022, às 15h35
Um grupo de pesquisadores localizou o fóssil de um inseto, preservado por 100 milhões de anos em âmbar, durante uma expedição em uma mina na vila Noije Bum, em Myanmar.
O artrópode não apenas chama atenção pela conservação, que possibilita entender a constituição física do predador, mas impressionou pela habilidade de enxergar um campo de visão de 360º.
A equipe que trabalhou na descoberta é da Universidade Estadual do Oregon, nos Estados Unidos, sendo conduzida pelo professor George Poinar, responsável também por batizá-lo cientificamente: Palaeotanyrhina exophthalma. Em comunicado publicado pela EurekaAlert, ele explica que a característica ocular dava vantagens ao animal para ver presas ao redor.
É um pequeno predador que usou seus olhos salientes para localizar presas”, explicou o especialista em estudos de animal em âmbar.
A descoberta, publicada no periódico científico BioOne Complete, enaltece a capacidade de enxergar quase tudo ao redor com seus olhos esbugalhados, com características tão únicas que foi incluído em uma família também extinta.
Além dos olhos, a boca alongada e patas que escorriam resina foram algumas das características mantidas. A pata, com a substância pegajosa, também era instrumento de caça; produzida por glândulas dérmicas, ela dificultava a movimentação de presas, possibilitando a captura. No entanto, seu corpo tem um pouco mais do que 5 milímetros.
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