Série da Disney+ sobre assassinato de Jean McConville gera polêmica familiar e crítica do filho; relembre o caso retratado na trama!
Redação Publicado em 21/11/2024, às 13h15 - Atualizado às 13h59
O recente lançamento de uma série pela Disney+, inspirada no assassinato de Jean McConville, tem gerado controvérsias significativas. Michael McConville, filho da vítima, criticou duramente a produção, qualificando-a como "horrenda" e "cruel".
A série é baseada no livro aclamado 'Say Nothing', do jornalista americano Patrick Radden Keefe, que aborda a morte de McConville e o papel do IRA durante o período conturbado na Irlanda do Norte.
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Jean McConville foi sequestrada em 1972, em sua residência em Belfast, permanecendo desaparecida até 2003, quando seus restos mortais foram descobertos em uma praia no Condado de Louth. Na época do sequestro, Michael era apenas uma criança e destacou que a tragédia vivida por sua família não deve ser tratada como entretenimento.
Em declarações recentes, Michael enfatizou que "a descrição da execução e do enterro secreto de minha mãe é horrenda e, a menos que você tenha vivido isso, nunca entenderá o quanto é cruel", repercute o The Guardian. Ele também expressou desconforto ao ter que reviver essa história constantemente narrada pela mídia.
"Todos conhecem a história de Jean McConville; até Hillary Clinton, que conheci alguns anos atrás, sabia da história da minha mãe. E, no entanto, aqui está mais uma narrativa dela que eu e minha família temos que suportar".
Patrick Radden Keefe afirmou à BBC News que se reuniu com representantes das famílias cujas histórias são retratadas na série, com o intuito de garantir um tratamento sensível ao tema. A narrativa do assassinato de McConville tem sido extensamente coberta desde seu desaparecimento nos flats Divis Road Falls, sob suspeita infundada de ser informante por ser protestante casada com um católico.
Em 2013, uma das filhas de McConville revelou publicamente suas lembranças do sequestro da mãe, descrevendo gritos enquanto ela era levada por homens armados. O IRA negou inicialmente envolvimento no desaparecimento, mas reconheceu sua participação após o Acordo da Sexta-feira Santa e a criação da Comissão Independente para Localização dos Restos Mortais das Vítimas em 1999.
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Um documentário impactante lançado em 2018, intitulado "I, Dolours", abordou as circunstâncias da morte de McConville através de uma entrevista póstuma com Dolours Price, ex-militante do IRA. Price vinculou o caso ao ex-líder do Sinn Féin Gerry Adams, embora ele negue veementemente qualquer envolvimento ou mesmo associação com o IRA. Seus advogados emitiram um comunicado reiterando sua ausência de conexão com os eventos descritos.
A série da Disney+ inclui um aviso ao final de cada episódio esclarecendo que Adams nega ser membro do IRA. Em entrevistas recentes, Radden Keefe explicou que tal disclaimer se faz necessário devido à postura crítica de Adams sobre a premissa da série.
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