Responsável por 77% do mercado estadunidense de veículos aéreos não-tripulados, a empresa está bloqueada pelo Departamento de Comércio
Wallacy Ferrari Publicado em 19/12/2020, às 13h43
O governo dos Estados Unidos incluiu a fabricante chinesa DJI, líder de mercado na fabricação de drones, na lista de entidades que podem representar risco à segurança nacional.
Com a medida, o país passa a impedir negociações com instituições americanas através do Departamento de Comércio. A medida foi assinada na última sexta-feira, 18, sendo noticiada pela agência Reuters.
Dessa maneira, a instituição está impossibilitada de negociar peças e componentes aos representantes comerciais, além de dificultar a venda de produtos prontos, como robôs, drones e acessórios para celulares.
A medida também prejudica o suporte técnico da marca no país, visto que, mesmo com garantia, a ausência de componentes pode deixar os consumidores desamparados.
A justificativa da medida acusa os equipamentos da DJI de contribuir com situações de opressão e violação de direitos humanos, inclusive dentro da china, sendo usados para a captura de imagens de diversas situações violentas, como a gravação de muçulmanos acorrentados com vendas nos olhos.
A empresa retrucou, alegando que não tem responsabilidade em relação aos atos que o consumidor final possa ter usando o equipamento da marca. A medida é semelhante ao bloqueio da marca Huawei, que teve as negociações bloqueadas nos EUA após uma acusação de espionagem a serviço do governo de Pequim.
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