Tido como destruído, o quadro 'A viúva' foi mostrado em Munique em 1937 e recuperado pelo marchand Paulo Kuczynski, na França
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 10/05/2024, às 15h25
Uma obra de Lasar Segall, que foi exposta na infame exposição nazista “Arte Degenerada” nos anos 1930, foi descoberta pelo marchand Paulo Kuczynski na França e estará em exibição em São Paulo por três meses.
Intitulada “Viúva” e anteriormente considerada como uma pintura perdida, a obra será apresentada a partir de 19 de maio no Museu Lasar Segall. Além disso, outras gravuras do artista produzidas durante o mesmo período estarão em exibição, fazendo parte do acervo permanente do museu, localizado no bairro da Vila Mariana.
Segundo Kuczynski, as matrizes das gravuras desenhadas também foram confiscadas pelos nazistas, mas o museu conseguiu recuperá-las ao longo do tempo. Conforme repercutido pelo jornal Folha de S. Paulo, a intenção é mostrar como era o trabalho do artista lituano durante aquele período histórico.
A pintura reapareceu no acervo de um artista pouco conhecido associado aos surrealistas. O marchand a trouxe para o Brasil, onde foi avaliada por especialistas em Segall e posteriormente catalogada pela equipe do museu.
A descoberta causou grande comoção em todo o mundo. Só tínhamos uma foto em preto e branco da obra. O quadro é verdadeiramente magnífico", afirma Kuczynski.
A exposição nazista ocorreu em Munique, Alemanha, em 1937, e incluiu obras consideradas fora dos padrões clássicos de beleza e harmonia, como aquelas relacionadas às vanguardas artísticas do cubismo, fauvismo e expressionismo. O regime de Hitler confiscou cerca de 16 mil obras consideradas “degeneradas”, incluindo aproximadamente 50 obras de Lasar Segall.
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