Reconstrução de H. sapiens e Neandertal - Wikimedia Commons
Pré-História

Estudo identifica cruzamento de Homo sapiens com neandertais na Eurásia pré-histórica

Análises da Universidade Estadual de Nova York comprovam relação genética entre as duas espécies nos seres humanos atuais

André Nogueira Publicado em 06/04/2020, às 12h55

Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Nova York revelou uma informação valiosa: homenídeos contemporâneos se desenvolveram ao realizarem cruzamentos entre si, e, portanto, compartilhando cargas genéticas. A descoberta foi revelada através de um artigo publicado na revista Genetics, ao analisarem traços de Homo sapiens e Neandertais e o acasalamento entre as espécies.

A equipe liderada pelo pesquisador Omer Gokcumen confirmou que esses relacionamentos interespecíficos eram comuns principalmente na Eurásia. Na Sibéria, por exemplo, é possível rastrear traços Neandertais diretamente nas pessoas.

“Não é uma introgressão única (a introdução de genes de uma espécie para outra por meio da hibridização) de material genético dos Neandertais. É uma verdadeira rede de interações que acontecia repetidas vezes, onde diferentes hominídeos antigos interagiam entre si", afirma o artigo.

Comparação crânios de homem e o neandertal / Crédito: Wikimedia Commons

 

O estudo se baseou na análise de DNA de centenas de pessoas de ascendência europeia ou asiática e os rastros dos seus genomas. Em comparação com os dados genéticos conhecidos dos fósseis de neandertais, a relação parental é clara.

"Nossos resultados reforçam o conceito de que o código genético dos Neandertais foi tecido no genoma humano em várias ocasiões, quando nossos ancestrais encontraram neandertais repetidamente em diferentes partes do mundo", diz Gokcumen em entrevista ao portal La Vanguardia. “A imagem que tenho em mente agora é que temos todas essas populações arcaicas de hominídeos na Europa, na Ásia, na Sibéria, na África.”

"Parece que a história da evolução humana não se parece muito com uma árvore com galhos que simplesmente crescem em direções diferentes. Acontece que os galhos têm muitas conexões entre eles. A história não é mais tão ordenada como se acreditava anteriormente", afirmou o cientista, em comunicado público.

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