Imagem ilustrativa com elefantes - Foto por Michael Siebert pelo Pixabay
Animais

Estudo faz revelação impressionante sobre a comunicação dos elefantes

Pesquisa com grupo de elefantes do Quênia pode comprovar que humanos não são os únicos animais com nomes próprios; entenda!

Redação Publicado em 14/11/2023, às 10h34

Um novo estudo indica que os humanos podem não ser os únicos seres vivos a atribuírem nomes próprios para si: aparentemente, elefantes também possuem tal capacidade. Porém, em vez de nomes já famosos de elefantes, como Babar ou Dumbo, eles se referenciam com sons baixos e estrondosos, de acordo com os pesquisadores.

O novo estudo, publicado no dia 23 de agosto no servidor de pré-impressão BioRxiv, atesta que um grupo de elefantes africanos da savana do Parque Nacional de Amboseli, no Quênia, faz vocalizações específicas para se referir a outros indivíduos de seus grupos sociais; e ainda além: os destinatários respondiam de acordo. Ou seja, é como se os grandes animais se identificassem a partir de sons próprios, ou nomes.

+ Estudo revela por que 350 elefantes foram encontrados mortos em Botsuana

Dessa forma, os elefantes podem ser considerados os primeiros animais, não humanos, a se referirem uns aos outros sem imitar o chamado do próprio receptor — tal qual golfinhos ou papagaios —, mais um indício da já reconhecida grande inteligência da espécie.

Fotografia de elefantes / Crédito: Foto por Pexels via Pixabay

 

Estudo

Conforme descrito pelo Live Science, para o estudo, os pesquisadores registraram 527 cantos de elefantes no ecossistema Samburu, no norte do Quênia, e outros 98 do Parque Nacional Amboseli, ao sul. Os sons específicos, no caso, foram registrados em 119 indivíduos. Então, com um modelo computacional e tecnologias de inteligência artificial, foram identificados corretamente os destinatários de 20,3% das 625 ligações gravadas. 

Há um estrondo de contato, há um estrondo anti-predador, há um estrondo de saudação. Se você olhar para um espectrograma, todos eles parecem quase exatamente iguais, ou exatamente iguais", conta Caitlin O'Connell-Rodwell, bióloga especialista em elefantes de Harvard, não envolvida com a pesquisa, à WordsSideKick.com. "É por isso que a IA tem sido emocionante. Ela nos permite realmente descobrir o que os elefantes estão fazendo."

No caso, os chamados não eram sons genéricos emitidos, por exemplo, entre filhotes e mães, mas sim distintos para cada receptor. Surpreendentemente, até mesmo um mesmo receptor era chamado de maneira semelhante por dois elefantes diferentes. "Isso apenas destaca a complexidade do que está acontecendo", afirma O’Connell-Rodwell.

+ Elefantes ficam bêbados ao ingerirem licor encontrado em vilarejo na Índia

Além do mais, os pesquisadores envolvidos no estudo também pontuaram que os animais reagiam mais fortemente às gravações direcionadas a eles do que às direcionadas a outros do grupo. 

O verdadeiro valor deste artigo é que ele mostra como os elefantes navegam por uma grande paisagem e ainda conseguem manter contato com indivíduos específicos", conta O’Connell-Rodwell, por fim. "Isso permite que eles se espalhem muito mais e ainda tenham um controle muito próximo dos indivíduos, não apenas do grupo."
Mundo notícias pesquisa estudo Biologia animais Quênia nomes elefantes

Leia também

Aos 80 anos, mulher viraliza com rotina simples e dicas para uma vida mais ativa


Câmara funerária celta de 2.600 anos é descoberta na Alemanha


'Bruxa de Blair' ganha nova versão que corrige erro do filme


Jovem cearense sofre com doença rara que faz pele mudar de cor


Veja o erro do primeiro filme que será repetido em 'Gladiador 2'


Maria e o Cangaço: Veja o dilema que será explorado na série sobre o cangaço