Fenômeno conhecido como ‘alvorada cósmica’ aconteceu depois do Big Bang e por muito tempo intrigou os astrônomos; confira
Alana Sousa Publicado em 26/06/2021, às 11h30
Uma pesquisa publicada na revista científica britânica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, e repercutida pela BBC, traz informações alcançadas por astrônomos que definem quando as primeiras estrelas do Universo brilharam.
Segundo a equipe liderada por Richard Ellis, da University College London (UCL), no Reino Unido, o período aconteceu de 250 a 350 milhões de anos após o Big Bang, o fenômeno é conhecido como ‘alvorada cósmica’.
De acordo com o estudo, as primeiras galáxias do Universo são brilhantes o bastante para que o telescópio espacial James Webb da Nasa traga informações relevantes; o equipamento será lançado pela agência espacial americana ainda em 2021.
“O Santo Graal foi olhar para trás o suficiente para ser capaz de ver a primeira geração de estrelas e galáxias. E agora temos a primeira evidência convincente de quando o Universo foi banhado pela primeira vez pela luz das estrelas”, explicou Ellis à BBC.
O responsável pela análise, Nicolas Laporte, do Instituto Kavli de Astronomia, em Cambridge, na Inglaterra, também comentou a descoberta: “Esta é uma das maiores questões da cosmologia moderna. Esta é a primeira vez que fomos capazes de prever a partir de observações quando este momento crucial na história do Universo ocorreu”.
Os resultados foram obtidos após o estudo de seis galáxias, as mais distantes da Terra. Por serem as mais difíceis de se capturar, mesmo com tecnologia avançada, sabe-se que elas foram as primeiras a surgir no Universo, logo após o Big Bang.
“É fantástico pensar que partículas de luz viajaram pelo espaço por mais de 13 bilhões de anos e então entraram em um telescópio. A coisa maravilhosa de ser um astrofísico é a capacidade de viajar no tempo e testemunhar o passado distante”, complementa Laporte.
Vale lembrar que a ‘alvorada cósmica’ aconteceu depois do período chamado idade das trevas cósmico, que consiste em um apagão após o clarão inicial formado pela explosão do Big Bang.
Alguns corpos do sistema solar são conhecidos desde a Antiguidade, já que são visíveis a olho nu. Mas foi apenas anos depois que o homem começou a entender o que realmente se passa no céu – inclusive a perceber que a Terra não era o centro do Universo.
Ptolomeu, astrônomo de Alexandria, lançou a teoria de que a Terra é o centro do Universo e os corpos celestes giram em torno dela. Além do Sol e da Lua, já eram conhecidos Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno – todos vistos a olho nu. Por conta da cor, Marte recebeu dos romanos o nome do deus da guerra. Na Ásia, era a “Estrela de Fogo”. No Egito, “O Vermelho”.
Já outro grande momento se deu com o polonês Nicolau Copérnico, que virou o mundo do avesso ao elaborar, a partir de 1514, uma teoria que corrigia as ideias de Ptolomeu (e também do filósofo Aristóteles). A Terra não é o centro do Universo: é apenas um planeta que gira em torno do Sol. Nascia a teoria heliocêntrica.
Em 1610, Galileu Galilei descobriu quatro satélites de Júpiter, entre eles Ganimedes (a maior lua do sistema solar). Ele tornou-se um defensor da teoria de Copérnico e acabou julgado pela Inquisição. Para não ser condenado, declarou que a teoria era apenas uma hipótese e deu um tempo nos estudos – só retomados sete anos mais tarde.
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