Encontrada pela primeira vez em 2006, a peça está sendo leiloada. Por seu significado, contudo, um centro de estudos do Holocausto pede que o artefato não caia nas mãos de supremacistas brancos
Pamela Malva Publicado em 22/07/2020, às 12h00
Em 2006, uma enorme estátua de bronze foi encontrada na costa do Uruguai. Com quase 400 kg, a peça representa uma grande águia segurando a suástica nazista e, hoje, está causando algumas polêmicas no governo do país latino-americano.
Depois de descoberto, o artefato ficou guardado em um armazém uruguaio enquanto os líderes do país decidiam o que fazer com a peça. Em 2014, o Supremo Tribunal decretou que a estátua seria vendida. No ano passado, no entanto, a entidade voltou atrás e afirmou que a águia deveria ser leiloada.
Em resposta, nas últimas semanas, o Simon Wiesenthal Center, em Los Angeles, pediu que o objeto servisse "como um aviso às gerações futuras". Dessa forma, a instituição insiste que a peça nazista não deve cair nas mãos de supremacistas brancos.
"Tanto as autoridades alemãs quanto o Wiesenthal Center assumiram a posição de que esses artefatos não podem servir a um mercado de extrema direita crescente e a supremacistas brancos", afirmou o Dr. Shimon Samuels, em nome da instituição.
Em comunicado, o porta-voz ainda insistiu que museus ou institutos educacionais devem ter preferência no leilão da águia. Nesse sentido, ele defende que tais entidades usariam a peça para fins educacionais acerca do Holocausto e outros genocídios.
Antes de ser leiloada, a estátua foi exibida em um museu de Montevidéu — o governo do Uruguai esperava que ela se tornasse uma atração turística. Na época, contudo, a embaixada alemã exigiu que o centro cultural deixasse de exibir a "parafernália nazista".
Recuperada da popa do navio de guerra Graf Spee, a águia da Segunda Guerra Mundial pode chegar a valer US $ 26 milhões no atual leilão. Em 1939, ela afundou junto da embarcação, quando seu capitão atracou na costa do Uruguai.
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