Navios abandonados na baía de Guanabara - Reprodução/YouTube Drone Carioca
Riscos ambientais

Especialistas apontam para os riscos ambientais causados pelo 'cemitério de navios' na baía de Guanabara

O abandono das embarcações pode desencadear desastres ambientais oriundos do vazamento de óleo e contaminação das águas

Redação Publicado em 16/11/2022, às 15h38

Na noite da última segunda-feira, 14, o acidente do navio que atingiu a ponte Rio-Niterói fomentou uma discussão entre os especialistas a respeito dos riscos ambientais que o “cemitério de navios” abandonados na baía de Guanabara pode causar. As embarcações em questão estão expostas há décadas e repletas de ferrugem em suas estruturas.

De acordo com uma nota divulgada pelos ativistas do Movimento Baía Viva, ONG que monitora o local desde 1984, o cemitério de navios coloca em risco a vida dos cariocas: 

Ao longo deste tempo, cresceu o risco de vazamento de óleo, outras substâncias químicas e metais pesados oriundos dessas embarcações que apodrecem no fundo da baía ou ancoradas de forma precária e insegura, sem dispor da devida fiscalização periódica que deveria ser realizada por órgãos ambientais, como o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) ou o Ibama (federal), nem mesmo pela Capitania dos Portos".

Os ativistas alertam periodicamente as autoridades sobre a ameaça de desastres ambientais causados pelas embarcações sem tripulação. 

Meio ambiente 

O lixo náutico, que corresponde a cascos, peças e equipamentos, representa um grande risco à saúde da população e ao meio ambiente, uma vez que pode gerar contaminação das águas e vazamento de substâncias químicas. Além disso, existe a questão do lixo urbano que são despejados pelos municípios e correspondem a 18 mil litros de esgoto doméstico por segundo, de sete municípios do estado.

Em relação a quantidade de barcos deixados na baía, não há nenhuma verificação com os números exatos. Porém, segundo o jornalista e ambientalista Emanuel Alencar, autor do livro Baía de Guanabara — Descaso e Resistência (2021), um levantamento da Capitania dos Portos para a obra contou 78 embarcações abandonadas, sendo que algumas estão lá há mais de 40 anos. 

Rio de Janeiro Baía de Guanabara Navios meio ambiente desastres ambientais

Leia também

Maria e o Cangaço: Veja o dilema que será explorado na série sobre o cangaço


Morre Frank Auerbach, pintor que fugiu dos nazistas na infância, aos 93 anos


Maria e o Cangaço: Série vai contar a história de Maria Bonita e Lampião


Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura


Leitura labial revela conversa de Kate Middleton em evento da realeza


Estrela de The Office revela segredo da 'exclusão' de três personagens do escritório