Escultura em 3D da “mulher de Lagmansören” - Divulgação/Oscar Nilsson
Arqueologia

Escultura em 3D revela aparência de mulher que viveu há 4 mil anos

O artista especialista em arqueologia reconstrutiva Oscar Nilsson foi responsável por trazer a antiga habitante da Suécia ‘de volta à vida’

Isabela Barreiros Publicado em 02/03/2022, às 10h26

A partir do trabalho do artista especialista em arqueologia reconstrutiva Oscar Nilsson, é possível ver como teria sido uma mulher que viveu há 4 mil anos onde hoje é a Suécia. O especialista utilizou o crânio da nômade, encontrado em uma sepultura de pedra em uma floresta de Lagmansören.

Conhecida como “mulher de Lagmansören”, a antiga sueca morreu aos cerca de trinta anos por causas desconhecidas. Segundo o museu sueco Västernorrland, Nilsson “a trouxe de volta à vida” com o projeto que demorou mais de 350 horas para reproduzi-la de maneira aproximada.

Tudo começou com a caixa craniana da mulher, descoberta na tumba há mais de um século ao lado de um esqueleto de um menino que pode ter sido filho dela. O material foi escaneado e uma réplica feita por uma impressora 3D.

Detalhes da escultura em 3D / Crédito: Divulgaão/ODNilsson/Facebook

 

Depois disso, o pesquisador desenvolveu camadas de argila para os músculos faciais, além do silicone para rugas e linhas de expressão. Como não foi possível obter o DNA da mulher a partir do fóssil, Nilsson não conseguiu obter informações sobre a cor de seus cabelos e olhos, o que ele sugeriu a partir de registros históricos de migração.

A nômade é vista em sua escultura em 3D com um metro de meio de altura, considerada uma estatura baixa para o período em que viveu, segundo o museu Västernorrland, reportado pela revista Galileu, com um maxilar descrito como “bastante masculino”, nariz torto, olhos baixos, dentes salientes, pele clara e olhos escuros.

O olhar dela foi desenvolvido a partir de uma cena imaginada pelo artista, na qual ela apareceria calma, porém intimidadora. “Ela não se sente ameaçada, se sente em casa e olha para esse menino. É uma sensação segura, mas também quase um pouco arrogante. Mesmo que ela seja pequena, você não gostaria de mexer com ela”, descreveu ele ao National Geographic.

História arqueologia fóssil notícia Suécia reconstrução facial

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