Escavações em antigo balneário italiano revelam estátuas de 2,3 mil anos

O Ministério da Cultura da Itália apresentou, nesta semana, os mais recentes avanços das escavações no sítio arqueológico de San Casciano dei Bagni, na província de Siena. As campanhas de 2024 revelaram importantes descobertas no santuário etrusco e romano de Bagno Grande, incluindo a identificação do temenos (muro de contenção) e parte de uma piscina que pode ser a mais antiga do templo.

Além das estruturas, os arqueólogos encontraram dezenas de objetos datados do século 3 a.C., período em que o local foi utilizado. Entre os achados estão depósitos de lâmpadas a óleo, unguentários de vidro, bronzes votivos, oferendas anatômicas em terracota pintada e folhas de ouro, muitas delas preservadas pela ação da água termal e da lama.

As ofertas em metais preciosos se destacam entre os achados, segundo comunicado da autoridade arqueológica. Assim, foram identificadas pelo menos quatro estátuas humanas de bronze com membros fragmentados, moedas das eras republicana e imperial e acessórios reluzentes, como uma coroa, anéis e diversas joias.

Projeto de escavação

O projeto de escavação do Bagno Grande é conduzido pelo Município de San Casciano dei Bagni em parceria com a Direção Geral de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem, e conta com a coordenação científica da Universidade para Estrangeiros de Siena. O trabalho de conservação e restauração é realizado pelo Instituto Central de Restauração, com a supervisão da Superintendência ABAP das províncias de Siena, Grosseto e Arezzo.

Detalhes das descobertas serão apresentados em um episódio da série Italia: viaggio nella Bellezza (“Itália: Viagem pela Beleza”, em tradução livre), do canal Rai Storia. Intitulado Além do bronze: a escavação de San Casciano dei Bagni, o episódio tem estreia programada para fevereiro de 2025.