Astecas e os Maias acreditavam que a atividade simbolizava a "regeneração da vida e a manutenção da ordem cósmica”
Fabio Previdelli Publicado em 16/03/2020, às 12h00
Pesquisadores do departamento de Antropologia da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, descobriram um campo milenar que era destinado a prática do icônico, brutal e misterioso jogo de bola mesoamericano, praticado por antigas civilizações da América do Sul e Central, dos olmecas aos astecas.
Uma nova pesquisa, publicada na Science Advances, descreve a descoberta de duas quadras de bolas mesoamericanas e estatuetas de cerâmica no sítio arqueológico de Etlatongo em Oaxaca, no México. Datado de 3.400 anos atrás, essas são agora as primeiras quadras conhecidas nas terras altas da Mesoamérica — anteriores às mais antigas da região montanhosa em quase 800 anos.
Segundo artigo escrito por Jeffrey P. Blomster e Víctor E. Salazar Chávez, autores do estudo, os Astecas e os Maias acreditavam que a atividade simbolizava a "regeneração da vida e a manutenção da ordem cósmica”.
"Havia muitos jogos e esportes diferentes praticados pelos antigos mesoamericanos, a maioria deles não exigia uma quadra com uma estrutura arquitetônica", explica Blomster. "Vários especialistas acreditam que um esporte que requeria um verdadeiro campo era o jogo de bola de quadril — com jogadores batendo em uma bola com seus quadris contra a estrutura de uma quadra".
Atualmente, arqueólogos já documentaram a existência de cerca de 2.300 campos para a prática do jogo de bolas. Apesar da importância do esporte, suas origens, assim como sua evolução, ainda continuam desconhecidas.
No local, também foram encontradas gravuras com representação dos jogos e estátuas de cerâmica. O achado desafia as suposições sobre a origem da atividade, sugerindo que as sociedades mesoamericanas que habitavam as planícies e as montanhas da região tiveram um importante papel para o desenvolvimento do jogo.
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