Entenda a representação de Maria Antonieta decapitada na abertura das Olimpíadas

A Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris, realizada nesta sexta-feira, 26, foi marcada por uma performance surpreendente da banda francesa de heavy metal Gojira às margens do Rio Sena, cartão-postal de Paris.

Conhecida por sua intensidade e energia, a banda conquistou o público com sua música, mas foi um ato específico que dominou as discussões: a representação de Maria Antonieta, rainha da França, que perdeu a cabeça após a Revolução Francesa. 

O ato "Liberté", o terceiro da cerimônia, começou com uma reprodução viva do quadro "A Liberdade guiando o Povo", de Eugène Delacroix, símbolo da revolução. Já o final foi marcado pelo fim da princesa austríaca que morreu decapitada como rainha na França.

Durante a apresentação, mulheres vestidas de vermelho e sem cabeça, simbolizando Maria Antonieta, apareceram nas janelas do Conciergerie, local em que Maria Antonieta foi aprisionada.

Este ato provocou uma onda de reações mistas nas redes sociais. Alguns usuários elogiaram a ousadia e originalidade da performance. Outros, no entanto, criticaram a escolha, afirmando que "há melhores memórias para celebrar na história de Paris".

História

Maria Antonieta é uma figura histórica cercada por controvérsias. Esposa do Rei Luís 16, ela enfrentou acusações de extravagância, infidelidade e simpatia pelos inimigos da França.

Em 1789, com o início da Revolução Francesa, a família real foi colocada sob controle revolucionário. Já em 1793, após a execução do rei, Maria Antonieta foi presa, falsamente acusada de traição e executada na guilhotina em 16 de outubro do mesmo ano. Sua morte simbolizou a queda da monarquia e o tumultuado período da Revolução Francesa.

*Sob supervisão;