Por incontáveis anos o enigma sobre o propósito de uma coleção de bolas de pedra permaneceu em aberto — agora, arqueólogos resolveram a questão
Paola Churchill Publicado em 15/04/2020, às 13h00
Uma equipe internacional de arqueólogos da Universidade de Tel Aviv publicou um estudo na revista Plos One afirmando que objetos esféricos artificiais da pré-história, até então misteriosos, eram usados como ferramenta e auxílio alimentar. Tinham o propósito de quebrar os ossos de animais grandes.
Esses utensílios, que são conhecidos na arqueologia por petrosferas ou esferoides, eram esculpidos e pintados, o que significa que eram importantes para os povos pré-históricos. Essas bolas de pedra foram encontradas no leste da África e na Eurásia, mas até agora, ninguém sabia exatamente sua utilidade.
No entanto, foi na caverna Qesem, no sítio arqueológico localizado ao leste de Tel Aviv, que os pesquisadores conseguiram entender como as petrosferas eram utilizadas. O lugar foi ocupado por humanos entre 400 mil e 200 mil anos atrás.
Eles descobriram que essa peculiar técnica de quebrar ossadas, permitiu que os hominídeos ingerissem a medula nutritiva que havia lá dentro, proporcionando um consumo maior de calorias em sua dieta.
Os especialistas ainda encontraram evidências de caça seletiva, açougue e transporte dos animais para a caverna, onde as carnes eram cozidas e compartilhadas entre a comunidade.
Entretanto, o estudo ainda não respondeu outras questões: não se sabe quem eram os habitantes das cavernas ou de onde eles vieram. Por outro lado, a descoberta aponta que eles estavam a frente do seu tempo, por conta do impressionante achado.
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