Caso extremamente raro possui apenas cerca de 100 registros na literatura médica mundial; entenda a condição!
Fabio Previdelli Publicado em 15/01/2024, às 10h56
Há cerca de um ano e um mês, a pequena Isis Eloah Ferreira Alves surpreendeu a todos quando nasceu. Além de vir ao mundo de forma prematura, em um parto cesário, a bebê também sofre de uma rara condição: ela possui quatro rins — algo considerado extremamente raro.
+ “Sangue dourado”: Australiano com rara condição salva a vida de milhões de bebês
Segundo sua mãe, Thalia Silva Alves, de 21 anos, Isis apresenta alguns atrasos motores por conta do nascimento precoce, o que acarreta em acompanhamentos e exames de rotina todas as semanas. Apesar disso, a bebê possui uma vida normal.
É bem difícil, mas satisfatório saber que minha filha é rara e única. Tento ver o lado bom da maternidade, porque não é fácil", diz Thalia ao G1.
Segundo o portal, a condição é conhecida na medicina como 'rins supranumerários' e considerado extremamente raro no mundo. Responsável pelos cuidados da menina, Hélio Buson, urologista-pediátrico e chefe do setor no Hospital da Criança de Brasília (HCB), aponta que existem apenas cerca de 100 casos do tipo registrados na literatura médica mundial.
A mãe de Isis diz que a pequena é fruto de uma gravidez não planejada e que precisa cuidar sozinha da filha, visto que o pai biológico da pequena jamais exerceu suas responsabilidades. Pelo fato da menina ser prematura, ela teve que ser levada a uma incubadora; onde uma equipe médica do Hospital de Sobradinho (DF) passou a suspeitar que ela tinha nascido apenas com um rim.
Ao ser transferida ao Hospital da Criança José Alencar (DF), porém, os especialistas descobriram o contrário, que Isis poderia ter vindo ao mundo com mais rins que o considerado normal — algo confirmado durante uma cirurgia que a pequena passou aos cinco meses de vida.
O profissional que acompanha o caso da pequena Isis aponta que o fato da jovem ter mais rins que o normal não necessariamente significa que eles apresentariam anormalidade, podendo até mesmo passarem desapercebido até ela chegar a vida adulta — ou até mesmo jamais ser detectado. Afinal, são rins normais.
As pessoas vão dizer: 'bom, mas esses rins podem dar algum problema no futuro?'. Pode, mas também pode não acontecer absolutamente nada", relata.
No caso de Isis, explica ao G1 a urologista pediátrica Larissa Marinho, a pequena teve obstrução em um de seus rins — que acabou aumentando de tamanho e virou uma espécie de "massa abdominal"; causando a compressão de outros órgãos.
"Nós constatamos por meio de exames que esse rim, além de obstruído, já não funcionava como rim, ou seja, não filtrava mais o sangue. Por isso, chegamos à conclusão de que esse rim deveria ser retirado", explica.
Assim, Isis acabou passando por uma cirurgia para a retirada de um dos quatro rins; procedimento que foi realizado com sucesso e hoje a jovem não apresenta mais complicações renais. O órgão, por não ser apto para doação, acabou sendo encaminhado para estudo.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro