Ãs elefantas Kuky e Puppy - Divulgação/Instagram
Elefanta

Elefanta morre em cativeiro na Argentina um dia após aval para morar em santuário

Animal seria enviado para santuário no Brasil, mas acabou falecendo no dia seguinte à chegada dos documentos que permitiriam sua transferência

Giovanna Gomes Publicado em 23/10/2024, às 07h33

As autorizações para a transferência das elefantas Kuky e Puppy, do Ecoparque de Buenos Aires, e Kenya, do Ecoparque de Mendoza, ao Santuário dos Elefantes, no Brasil, foram finalmente concedidas após mais de dois anos de atraso. Contudo, no dia seguinte à chegada dos documentos, Kuky – que vivia no antigo zoológico de Buenos Aires desde 1990 – morreu.

Na madrugada, por volta das 3 horas, os agentes de guarda no Ecoparque ouviram sons vindos de Puppy e correram até o recinto das elefantas. Encontraram Kuky caída. Durante três horas, tentaram reanimá-la, mas não tiveram sucesso. Pouco antes da chegada do caminhão de reboque, Kuky sofreu um ataque cardíaco fulminante.

A perda abalou profundamente os cuidadores e todos que trabalharam para proporcionar às elefantas uma vida mais livre no santuário, onde poderiam caminhar pelo menos dez quilômetros por dia, como seria natural em seus habitats.

Segundo informações do O Globo, Kuky e Puppy, ambas com mais de 30 anos, vieram do Parque Kruger, na África do Sul. As duas eram inseparáveis, com Kuky sempre liderando e Puppy a acompanhando. Kuky gostava de brincar com uma roda, e só descansava quando conseguia parar o objeto, enquanto Puppy demonstrava admiração por ela. Ambas eram queridas pelos funcionários.

Longa espera

A longa espera para a transferência ocorreu devido à complexa burocracia. Kuky, Puppy e Kenya ficaram mais de dois anos aguardando as licenças necessárias para viajar ao Brasil. No caso de Tamy, um elefante macho que ainda vive no Ecoparque de Mendoza, o processo é ainda mais demorado.

Recentemente, a intervenção da Secretária-Geral da Presidência, Karina Milei, e do Secretário do Meio Ambiente, Daniel Scioli, além da colaboração entre os embaixadores da Argentina e do Brasil, acelerou o que estava travado por mais de dois anos.

"Infelizmente, o processo de transferência de Kuki começou há mais de 27 meses e, apesar disso, foi somente nas últimas semanas que as autorizações exigidas para entrada no Brasil, emitidas por esse país, começaram a ser fornecidas", lamentou Tom Sciolla, diretor do Santuário Equidad. Ele ainda destacou a importância de agilizar essas burocracias para garantir que os elefantes cativos possam ser levados a santuários, onde possam viver com dignidade.

Leia também: Destino de elefanta que ficou famosa nos anos 1990 vira caso de Justiça

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