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Arqueologia

Documentário revela pistas sobre o destino de Atlântida

Afirmação se baseia em escavações e descobertas arqueológicas que são feitas há mais de um século

Fabio Previdelli Publicado em 30/12/2020, às 11h18

Há mais de 150 anos, historiadores e arqueólogos buscam evidências que possam provar — ou não — a existência da cidade perdida de Atlântida. Sabe-se que a primeira menção sobre a região remonta a Platão, mais precisamente em suas obras “Timeu ou a Natureza” e “Crítias ou a Atlântida”. As informações são da IstoÉ.

Em seus escritos, o filósofo grego descreve Atlântida como uma potência naval localizada “para lá das Colunas de Hércules”, que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e da África em tempos próximos ao ano de 9600 a.C.

Para Platão, a grande inundação que varreu a cidade do mapa estava associada com a vontade dos deuses, que castigaram os habitantes da cidade por sua arrogância e narcisismo. 

Desde então, há décadas, especialistas vem especulando onde a metrópole se situava, abrindo três possibilidades: entre a costa de Portugal e da Espanha; no Mediterrâneo, perto de um arquipélago grego; ou ao noroeste, mais perto da Irlanda.  

A questão, que intriga pesquisadores há muito tempo, foi alvo de um documentário do Discovery Channel, que traz elementos que corroboram com a segunda alternativa, especulando que a cidade estava próxima ao que conhecemos hoje como Santorini.  

O que reforça esse pensamento são algumas descobertas arqueológicas recentes. Por exemplo, segundo o documentário, “as pistas para a conexão com Atlântida podem ser encontradas nos fabulosos afrescos que decoram as paredes de cada descoberta em Santorini”. 

“As ruínas sugerem que uma civilização altamente sofisticada floresceu aqui por milhares de anos antes do seu fim abrupto”, diz um trecho da produção. Este “fim abrupto” teria sido a famosa erupção que destruiu Santorini, então chamada de Akrotiri.  

Há 3 mil anos, a civilização minoica vivia seu auge, mas o evento catastrófico natural cobriu a região com 60 metros de cinza, eliminando uma cidade-estado por completo. Segundo a produção, os minoicos, ou os seus ancestrais, poderiam ser os residentes perdidos de Atlântida.  

O que reforça a ideia são escavações feitas por lá há mais de um século, que já revelou objetos de arte requintados, além de indícios de uma engenharia muito avançada para a época, com resquícios de exuberância tecnológica e artística que combinam com as descrições de Platão

Entretanto, o que pesa sobre essa tese é justamente sua localização, que contraria a descrição platônica de “além das Colunas de Hércules”, onde hoje se entende o Estreito de Gibraltar, no Oceano Atlântico.

Porém, como o tempo e espaço não eram percebidos como são os contextos atuais, pode ser que o Mediterrâneo seja o berço de Atlântida.  

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