Bebês necessitavam de cuidados — mas não havia pessoas suficientes para desempenhar a tarefa
Giovanna Gomes Publicado em 29/05/2023, às 14h09
Após o início da guerra na capital do Sudão, Cartum, a Dra. Abeer Abdullah se viu correndo entre os quartos do maior orfanato do país, tentando cuidar de centenas de bebês e crianças pequenas, enquanto os combates mantinham a maioria dos funcionários afastados.
Ela descreveu o eco dos gritos das crianças por todo o prédio, enquanto tiros pesados abalavam os arredores. Em seguida, vieram ondas de mortes.
Não havia gente suficiente para cuidar dos bebês alojados nos andares superiores do orfanato estatal, conhecido como Mygoma, e acabaram sofrendo de desnutrição e desidratação graves. A médica também mencionou os recém-nascidos já frágeis em sua clínica médica no andar térreo, alguns dos quais morreram após desenvolverem febre alta.
Abdullah relatou que os profissionais tentaram administrar terapia intravenosa, mas na maior parte dos casos não conseguiram salvar as crianças.
As mortes diárias então aumentaram, chegando a cerca de 50 crianças falecidas nas seis semanas seguintes ao início do conflito, sendo quase metade delas bebês.
A médica descreveu as cenas aterrorizantes de bebês mortos em seus berços como extremamente dolorosas. Com os ventiladores de teto e o ar-condicionado sem funcionar, os quartos se tornaram sufocantes no clima quente de maio em Cartum, e a falta de energia dificultou a esterilização do equipamento.
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