Antigo pôster da Revolução Constitucionalista de 1932 - Divulgação/MIS
Revolução Constitucionalista

Descubra o significado do feriado de 9 de julho em São Paulo

9 de julho: entenda o impacto histórico da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo e suas celebrações anuais

Redação Publicado em 08/07/2024, às 10h48

O dia 9 de julho detém um papel central na memória histórica do estado de São Paulo, marcando a celebração anual da Revolução Constitucionalista de 1932.

Este movimento, caracterizado por seu caráter armado, foi uma manifestação direta contra o governo de Getúlio Vargas, evidenciando a luta dos paulistas pela implementação de uma nova constituição e a restauração da democracia no Brasil.

Entendendo o feriado estadual

Desde 1997, por meio da Lei Estadual nº 9.497, de 5 de março, sancionada pelo então governador Mário Covas, o dia 9 de julho foi oficialmente declarado como feriado em todo o estado de São Paulo. Tal medida veio em resposta à legislação federal anterior, que permitiu aos estados brasileiros estabelecerem suas próprias datas magnas como feriados civis.

A origem desse feriado está intrinsecamente ligada ao levante armado de 1932, onde forças paulistas se opuseram ao governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado após um golpe de Estado dois anos antes. A participação ativa das tropas paulistas no movimento foi determinante para a escolha desta data.

Um movimento histórico

A Revolução Constitucionalista se iniciou em protesto contra a liderança centralizadora de Getúlio Vargas e pela exigência de uma nova constituição para o país, essa rebelião evidenciou o descontentamento popular.

A insatisfação com a nomeação federal para o governo estadual e os eventos subsequentes culminaram na organização do MMDC, sigla formada pelas iniciais dos primeiros mártires do movimento: Martins, Miragaia, Drausio e Camargo. Esse grupo teve papel crucial na mobilização para a luta armada que se seguiu.

Embora o movimento tenha eventualmente sido suprimido pelo governo federal, com significativas perdas humanas entre os constitucionalistas, seu legado perdura até hoje.

O feriado

No ano corrente, a véspera do feriado (8 de julho) coincidiu com uma segunda-feira, configurando-se como ponto facultativo no estado. Isso significa que, em diversas repartições públicas, como na capital paulista, não houve expediente, permitindo que os servidores municipais também participassem das comemorações e reflexões propostas pela data.

Além disso, São Paulo organiza anualmente eventos cívico-militares para lembrar a revolta, destacando-se entre eles o desfile que ocorre na Praça 9 de Julho em Presidente Prudente (SP), onde se localiza o Obelisco do Soldado Constitucionalista.

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