Adaga da Idade do Ferro descoberta na Polônia - Divulgação/Facebook/Pomorze Zachodnie
Arqueologia

Curiosa adaga da Idade do Ferro é descoberta na Polônia

Artefato de 2.800 anos, encontrado na costa do Mar Báltico, impressiona por detalhes e sugere rituais de até 3 mil anos

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 02/04/2025, às 19h40

Uma descoberta arqueológica notável veio à tona na Polônia: uma adaga única e ricamente detalhada da cultura Hallstatt, datada de aproximadamente 2.800 anos.

O artefato foi revelado após uma tempestade, destacando novas evidências do artesanato e intercâmbio cultural do início da Idade do Ferro.

Jacek Ukowski, presidente da Associação St. Cordula para o Resgate de Monumentos, encontrou a adaga durante uma exploração com sua colega Katarzyna Herdzik.

Utilizando um detector de metais na costa de Kamień Pomorski, Ukowski descobriu a adaga.

"O penhasco havia desabado, e o pedaço deve ter caído de cima. Fui ao local com um detector de metais porque comecei a receber sinais", relatou ele à Agência de Imprensa Polonesa (PAP), descrevendo a descoberta como a mais valiosa de sua carreira.

Detalhes

A adaga, agora abrigada no Museu de História de Kamień Land, mede 24,2 centímetros de comprimento e apresenta gravuras intrincadas em toda a lâmina e punho.

Linhas crescentes e cruzes em forma de estrela adornam sua superfície, com uma faixa decorativa central, um possível símbolo de constelações. Especialistas interpretam esses detalhes como uma expressão de conexão com a adoração ao sol, sugerindo que a adaga pode ter sido utilizada em rituais, e não apenas em batalhas.

Detalhes da adaga - Pomorze Zachodnie

 

Grzegorz Kurka, diretor do Museu de História de Kamień Land, expressou sua admiração pelo artesanato do artefato: "Uma verdadeira obra de arte! Em termos de acabamento, é de altíssima qualidade, lindamente ornamentado. Cada elemento gravado é diferente.

No que diz respeito a achados na Polônia, nunca me deparei com tal adaga", disse ele à PAP. O alto nível de metalurgia da arma sugere que pode ter sido importada de uma oficina do sul da Europa.

Segundo o 'Archaeology News', estudos adicionais, incluindo análise metalúrgica, serão realizados para determinar a composição da liga da adaga, especificamente seus níveis de cobre e estanho.

Tais análises podem fornecer informações sobre suas origens e se ela foi usada como ferramenta em rituais, batalhas ou como um símbolo de status para um guerreiro de alta patente.

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