Três anos depois de seu descobrimento, astrofísicos levantam novas possibilidades após simulação digitalizada da passagem do asteroide
Wallacy Ferrari Publicado em 14/04/2020, às 10h05
Em estudo publicado na última segunda-feira, 13, na revista Nature, novas hipóteses sobre a origem do corpo celeste Oumuamua foram apresentadas por astrofísicos da Academia de Ciências da China em parceria com a Universidade da Califórnia. Além de concluir a categorização do objeto como um asteroide, os pesquisadores acreditam que a origem dele é de fora do sistema solar.
Antes considerado um cometa, teve essa possibilidade descartada pela forma que transita e pelo seu formato alongado, que é resultado da aproximação demasiada de sua estrela. Foi possível reconstruir o movimento do asteroide, produzido pela maré no espaço interestelar, por um modelo digital gerado por computador.
O processo de formação foi estudado com uma atenção redobrada, visto as características específicas do objeto, que tem uma superfície seca e movimentos que oscilam em decorrência ao seu formato alongado, sem um centro único de peso. Sua inconstância chegou a levar alguns cientistas a avaliar se Oumuamua se tratava de uma nave extraterrestre, hipótese rapidamente descartada.
Descoberto em outubro de 2017, o asteroide foi observado pela primeira vez em um telescópio no Havaí, há cerca de 30 milhões de quilômetros da Terra. A simulação computadorizada incluiu a passagem dele próximo a Terra para avaliar de onde ele partiu e onde pode estar.
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