Coral gigante nas Ilhas Salomão visível do espaço desafia aquecimento global e guarda segredos de 300 anos de resiliência; saiba mais!
Redação Publicado em 15/11/2024, às 14h00
Pesquisadores identificaram um dos maiores organismos marinhos já registrados — a descoberta de um coral de dimensões extraordinárias, equivalente a duas quadras de basquete, nas proximidades das Ilhas Salomão, no Pacífico Sul.
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Este coral, cuja idade é estimada em séculos, é tão vasto que pode ser visualizado do espaço, conforme revelado pela equipe do projeto Pristine Seas da National Geographic.
Com dimensões quase três vezes superiores ao detentor do recorde anterior, o coral destaca-se como uma estrutura autônoma, diferentemente dos recifes que dependem da interação simbiótica entre corais e anêmonas-do-mar.
A monumental estrutura foi localizada por uma embarcação de pesquisa no Oceano Pacífico sudoeste, em outubro. Pertencente à espécie Pavona clavus, o coral apresenta 34 metros de largura por 32 metros de comprimento.
Trata-se de um organismo comunitário composto por quase um bilhão de pólipos, que atuam em conjunto como se fossem um único organismo. Esses pólipos geneticamente idênticos formam uma entidade de proporções comparáveis às de uma catedral.
Considerando seu crescimento lento e dimensão impressionante, os cientistas estimam que a formação tem pelo menos 300 anos. "Justo quando pensamos que não há mais nada para descobrir no planeta Terra, encontramos um coral massivo feito de quase um bilhão de pequenos pólipos, pulsando com vida e cor", disse Enric Sala, explorador da National Geographic, fundador do projeto Pristine Seas, conforme repercute o The Independent.
Esta descoberta científica é comparável à identificação da árvore mais alta do mundo. Apesar das décadas de mudanças ambientais, a megaconstrução parece prosperar mesmo diante do aquecimento global dos oceanos.
Contudo, os especialistas manifestam preocupação quanto ao futuro deste mega coral devido ao aumento da acidez dos oceanos decorrente das mudanças climáticas. Os corais utilizam o carbonato de cálcio presente na água do mar para formar suas estruturas esqueléticas.
Com o aquecimento global e a crescente acidez marinha causada pelas emissões excessivas de dióxido de carbono, a manutenção da saúde desses organismos torna-se cada vez mais desafiadora.
Eventos frequentes e severos de branqueamento dos corais ameaçam devastar a maioria dos recifes mundiais com o aumento global das temperaturas acima de 1,5°C. No entanto, os pesquisadores mantêm a esperança de que este mega coral consiga resistir a essas adversidades.
"Agora ele armazena informações sobre como sobreviver ao longo dos séculos. O código genético desses simples pólipos é uma enorme enciclopédia que escreveu como sobreviver a múltiplas condições climáticas", disse Manu San Felix, oceanógrafo do Pristine Seas.
"Enquanto os recifes rasos próximos foram degradados devido aos mares mais quentes, testemunhar este grande oásis de coral saudável em águas um pouco mais profundas é um farol de esperança", finalizou Eric Brown, cientista de corais que fez parte da expedição.
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