A coroação de Elizabeth II em vídeo colorizado - Divulgação/Vídeo/Youtube/British Movietone
Europa

Como Elizabeth II descobriu que se tornaria rainha, há 70 anos

Em 6 de fevereiro de 1952, a jovem Elizabeth recebeu a notícia que mudaria sua vida

Redação Publicado em 06/02/2022, às 00h00 - Atualizado em 10/09/2022, às 15h00

Enquanto a então princesa Elizabeth visitava as profundezas da selva do Quênia, observando a fauna e a flora do país, que era a primeira parada de sua turnê pela Commonwealth, em fevereiro de 1952, ela foi surpreendida com uma notícia que a faria rainha da noite para o dia: seu pai, George VI, morreu de câncer de pulmão no dia 6 daquele mês. 

A informação chegou mais tarde para Elizabeth, que era a herdeira do trono e teve que assumir ele com apenas 25 anos de idade. Na noite anterior, passou a noite em uma cabana no meio da selva queniana. Logo que soube, a atual rainha embarcou, junto com seu marido, o príncipe Philip, em um voo de volta para a Inglaterra.

Jim Corbett, um caçador e naturalista que acompanhava o casal real em sua jornada pela natureza do Quênia falou do acontecimento em um escrito dentro de um livro de visitas:

Pela primeira vez na história do mundo, uma jovem subiu em uma árvore um dia como princesa e, depois de ter o que ela descreveu como a experiência mais emocionante, desceu da árvore no dia seguinte como rainha”, escreveu Corbett.

Quem deu a notícia para Elizabeth foi seu marido, o duque de Edimburgo, dentro de um chalé de um hotel chamado Treetops, inaugurado em 1932, com o objetivo de receber visitantes ricos e de renome que quisessem tomar contato com a vida selvagem de forma íntima, mas segura.

Rainha Elizabeth II no castelo de Windsor /Crédito: Getty Images

 

Em sua estadia no Treetops, o casal usou de uma folha para escrever uma lista de todos os animais que encontraram. A lista, de acordo com a AFP, tem cerca de 40 animais, como babuínos, rinocerontes e antílopes, e se encontra emoldurada dentro do hotel até hoje. 

Outro documento emoldurado dentro do hotel é uma carta enviada por um assessor do casal real que agradecia os proprietários do Treetops, dizendo:

Tenho certeza de que esta é uma das experiências mais maravilhosas que a rainha e o duque de Edimburgo já tiveram”, mostra a carta, datada de 8 de fevereiro de 1952.

O hotel, que se tornou um importante símbolo colonialista na região, no entanto, sofreria um incêndio apenas dois anos depois da visita histórica do casal real, em um possível ataque terrorista de rebeldes anticolonialistas quenianos, chamados Mau-Mau.

O hotel foi reconstruído no lado oposto do original, sendo muito maior e mais novo. Tendo se tornado um dos hotéis mais famosos do mundo, lá os hóspedes podem até passar uma noite ou mais dentro da suíte Princesa Elizabeth, encontrar lembranças da visita real dentro da sala de jantar do estabelecimento e até mesmo ver um retrato da rainha com um elefante, tirado durante a década de 1960.

A rainha Elizabeth II /Crédito: Getty Images

 

Elizabeth II voltou a visitar o Treetops ao lado de Philip em 1983 e muito havia mudado desde então, com 31 anos tendo se passado. O casal agora havia trocado as roupas de safari por roupas mais formais, um vestido na altura do joelho no caso da rainha e um blazer e gravata no caso do duque de Edimburgo.

No hotel, durante muitos anos, também houve uma placa que celebrava o local onde a rainha passou a sua última noite como princesa. Agora, ela está guardada dentro de um armazém, devido ao fechamento das portas do Treetops durante o início da pandemia de covid-19. 

Inglaterra Europa Reino Unido rainha monarquia Colonialismo Quênia rainha elizabeth ii Commonwealth Mau-Mau

Leia também

Mulher que afirma ter sido abduzida por alienígenas em 1989 processa Netflix


Série documental sobre o caso Robinho estreia com depoimento inédito de vítima


Mulher de 105 anos revela segredo da longevidade: 'Beba cerveja e não case'


O fim do mistério do crânio encontrado durante reforma de casa em 1978


Irmãos Menendez: Esposa de Erik desabafa após recomendação de nova sentença


Após um século, museólogo descobre 'música perdida' de Chopin