A atriz Hunter Schaffer, interpretando a personagem Jules Vaughn - Divulgação / HBO
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Com Jules, ‘Euphoria’ inovou a representação trans, aponta estudo

Com a personagem Jules Vaughn, o seriado consegue mostrar uma pessoa trans que vai além de sua identidade

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/03/2022, às 20h24

A série ‘Euphoria’, com sua primeira temporada lançada em 2019, tornou-se um imenso sucesso entre o público jovem, especialmente por sua representação de jovens batalhando aspectos comuns da experiência atual, como drogas, sexo e até redes sociais. Contudo, não é somente nisso que o seriado inova.

Em uma pesquisa publicada no mês passado, fevereiro, especialistas de mídia das Universidades Pompeu Fabra e de Barcelona, da Espanha, defenderam que a presença e narrativa da personagem Jules Vaughn, interpretada pela atriz e modelo trans Hunter Schaffer, é um novo monumento na representação de pessoas trans.

Divulgação/HBO

 

Mesmo que a segunda temporada de 'Euphoria' tenha recebido uma reação mista, Jules continua sendo um dos aspectos mais discutidos pela audiência da série. De acordo com a cobertura da revista Galileu, o pesquisador Rafael Ventura, da Pompeu Fabra, opinou que a personagem tornou-se importante para ambas pessoas trans e cisgêneros.

O interessante da Jules é que ela é uma personagem que pode servir de modelo e de aspiração não só para o público trans, mas também para as pessoas cisgênero. A série normaliza e torna a personagem trans algo cotidiano, retrata Jules como uma adolescente multidimensional”, afirmou.

Defendendo a personagem de Jules Vaughn como uma pessoa que não é definida por só uma de suas identidades, enquanto ainda trata de ser trans em diversas narrativas, Ventura declara que essa nova possibilidade para a representação de uma pessoa trans é completamente uma ‘reviravolta’.

Ela não nega que é trans nem torna seus problemas invisíveis, mas também é uma garota com uma vida além. Em outras palavras, a personagem de Jules não é definida por sua identidade trans, mas sim como uma adolescente que também é trans. Essa reviravolta é uma parte muito importante da narrativa”.
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