Explosão do galeão San José - Domínio Público via Wikimedia Commons
San José

Colômbia quer resgatar 'Santo Graal dos naufrágios' que é alvo de polêmicas

Galeão San José naufragou em 1708 com tesouro avaliado em 20 bilhões de dólares; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 06/11/2023, às 13h05

Em 8 de junho de 1708, o galeão San José naufragou a cerca de 600 metros de profundidade, na costa de Cartagena, na Colômbia, durante uma batalha contra os britânicos na Guerra da Sucessão Espanhola.

O naufrágio, até os dias atuais, ainda não foi resgatado, embora guarde um tesouro avaliado em torno dos 20 bilhões de dólares. A fortuna é alvo de uma intensa batalha judicial e o resgate do San José ganhou novos capítulos nos últimos dias.

+ ARA San Juan: O submarino argentino desaparecido que implodiu

Em busca do tesouro

Na semana passada, o governo colombiano repercutiu que pretende acelerar a missão para recuperar o tesouro afundado por três séculos; mesmo em meio a inúmeras batalhas judiciais em torno da fortuna

À Bloomberg, Juan David Correa, ministro da cultura do país, informou que o presidente Gustavo Petro ordenou a exumação do "Santo Graal dos naufrágios" — que descansa no fundo do Mar do Caribe — o mais rápido possível.

A intenção de Petro é trazer o navio, de 62 canhões e três mastros, de volta à superfície antes que seu mandato acabe, em 2026. Para isso, solicitou a formação de uma parceria público-privada para levar o projeto adiante.

Esta é uma das prioridades da administração Petro", disse Correa. "O presidente nos disse para acelerarmos o ritmo."

Mas o naufrágio, que abriga um tesouro de ouro, prata e esmeraldas (estimado entre 4 e 20 bilhões de dólares), também é centro de disputas judiciais. Antes de ser afundado, o galeão San José havia carregado riquezas do vice-reinado do Peru na feira de Portobelo, em junho de 1708.

Durante séculos, sua existência virou lenda, visto que sua identificação exata era desconhecida. Mas, em 1981, a empresa norte-americana Glocca Morra afirmou ter descoberto o tesouro perdido e entregou as suas coordenadas à Colômbia com a promessa de que receberia metade da fortuna quando recuperada.

Anos depois, em 2015, o então presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que a marinha do país encontrou os destroços do San José num local diferente no fundo do mar — embora a Colômbia nunca tenha divulgado as coordenadas do local.

Agora, a Sea Search Armada (antiga Glocca Morra) briga na Justiça por parte do valor, visto que a empresa acredita que o local é o mesmo campo de destroços que eles encontraram em 2015. A companhia processa o governo colombiano por 50% do achado.

Correa, por sua vez, disse ao veículo que os pesquisadores do governo visitaram as coordenadas compartilhadas pela Sea Search Armada e "concluíram que não há naufrágio ali".

Além disso, os espanhóis reivindicaram parte do tesouro, assim como a tribo indígena boliviana dos Qhara Qhara, que detém terras das quais foram extraídas as riquezas na época.

Naufrágio notícias Colômbia tesouro 20 bilhões disputa judicial Santo Graal dos Naufrágios galão San José

Leia também

Aos 80 anos, mulher viraliza com rotina simples e dicas para uma vida mais ativa


Câmara funerária celta de 2.600 anos é descoberta na Alemanha


'Bruxa de Blair' ganha nova versão que corrige erro do filme


Jovem cearense sofre com doença rara que faz pele mudar de cor


Veja o erro do primeiro filme que será repetido em 'Gladiador 2'


Maria e o Cangaço: Veja o dilema que será explorado na série sobre o cangaço