Naufragado em 1708 próximo à costa colombiana, estima-se que o galeão San José carregasse um tesouro de até 20 bilhões de dólares
Éric Moreira Publicado em 23/05/2024, às 10h19
Nesta semana, a Colômbia lançou a fase inicial da muito aguardada expedição subaquática em busca do galeão San José, o "Santo Graal dos naufrágios". A embarcação afundou no Caribe há mais de 300 anos, durante uma baralha com navios britânicos em meio à Guerra da Sucessão Espanhola, e acredita-se que carregue consigo um tesouro avaliado em até 20 bilhões de dólares.
O naufrágio foi descoberto em 2015, afundado próximo à cidade de Cartagena. Com 62 canhões e três mastros, o galeão foi a maior e mais importante embarcação da frota espanhola em sua época, e transportava tesouros em ouro, prata e esmeraldas quando afundou, em meio a uma viagem do Panamá para a Colômbia; havia 600 pessoas a bordo.
Nesta primeira etapa da expedição, segundo a CNN Brasil, o foco será de captar imagens subaquáticas do navio de forma não intrusiva, informa o Instituto Colombiano de Antropologia e História (ICANH), para que os pesquisadores possam reconstruir um inventário das descobertas antes de, possivelmente, recuperá-las.
+ Galeão San José: As verdadeiras riquezas do 'Santo Graal dos naufrágios'
Porém, vale mencionar que a área da descoberta é agora protegida, para que possa ser preservado o valor cientifico, arqueológico e cultural da embarcação para as investigações e estudo sobre o clima econômico, social e político da Europa no século 18.
Este governo está fazendo algo sem precedentes… explorando o naufrágio como uma possibilidade de compreender a história e a cultura", afirmou na quarta-feira, 22, o ministro da Cultura colombiano, Juan David Correa, em coletiva de imprensa.
Embora a Colômbia esteja comandando a expedição para possível recuperação de tesouros do galeão San José, o destino da carga ainda é incerto. Isso porque os colombianos não são os únicos interessados que reivindicam pelos achados.
A Colômbia afirma que identificou o galeão pela primeira vez em 2015, com ajuda de pesquisadores internacionais. Porém, uma empresa de salvamento marítimo americana, a Sea Search-Armada (SSA), atesta que eles o descobriram muito antes, no início da década de 1980.
Por essa razão, a empresa entrou em uma disputa inicial contra o governo colombiano, alegando ter direito a cerca de 10 bilhões de dólares do tesouro, metade do valor que acredita que ele possa valer. O governo da Colômbia, porém, contesta as reivindicações. Na disputa também estão descendentes de indígenas peruanos escravizados, de quem os tesouros foram roubados pelos espanhóis.
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