Colar encontrado em túmulo de 9 mil anos - Divulgação / Hala Alarashi et. al
Arqueologia

Colar encontrado em túmulo de 9 mil anos junto a criança revela curiosidade sobre civilização

Estudo revela curiosidade de sociedade antiga a partir de colar e itens encontrados em sepultura

Isabelly de Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 03/08/2023, às 14h43 - Atualizado às 15h07

Na Jordânia, o corpo de uma criança foi desenterrado junto de contas que faziam parte de um colar. Um estudo publicado no periódico PLOS ONE nesta quarta-feira, 2, informa que a criança pode ter vivido há cerca de 9 mil anos, e ainda diz que a joia em questão pode trazer informações acerca da complexa cultura neolítica.

A criança era, provavelmente, uma menina de oito anos de idade, diz o estudo, tudo isso baseado no formato da mandíbula do esqueleto. Ele teria sido enterrado em posição fetal e seus restos estavam em um estado de conservação considerado ruim.

Os autores do estudo — que foi liderado por Hala Alarashi, pesquisadora do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha e da Universidade Côte d'Azur, na França — informaram que “o braço direito estava faltando e partes do crânio, mandíbula, pelve e pés foram severamente danificados por fatores pós-deposição, como o peso e as camadas que cobrem o corpo”.

Os materiais que adornavam o corpo da garota, que foi enterrada na vila neolítica de Ba’ja, foram os principais materiais analisados no estudo. Dentro da sepultura foram encontradas duas contas de âmbar, um anel de madrepérola gravado de maneira delicada, mais de 2,5 mil conchas e pedras coloridas e um pingente grande de pedra.

Conexão comercial

Todos os itens faziam parte de um colar que foi se desfazendo após o enterro. Os pesquisadores fizeram uma reconstrução física do objeto original, que atualmente está no sul do país, em exibição no Museu de Petra.

O estudo ainda revelou uma conectividade alta entre Ba’ja e o resto do planeta, principalmente na relação de comércio e intercâmbio que ocorreu durante aquele período. No entanto, os pesquisadores não acreditam que o colar tenha sido criado para fins comerciais, mas para representar as práticas culturais daquele tempo, segundo apontou a Galileu. 

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