Imagem ilustrativa de Europa, a lua de Júpiter com maior potencial de abrigar vida - Domínio Público
Universo

Civilização extraterrestre avançada provavelmente se autodestruiu com mudança climática

Estudo teoriza que civilização em crescimento exponencial tem apenas poucos anos prosperando até se autodestruir; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 07/11/2024, às 11h10

"Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço". A frase de Carl Sagan reflete sobre um assunto que já foi constantemente abordado em estudos, filmes, livros e também diversas obras de ficção. Até então, porém, ainda não temos evidências da existência de vida fora de nosso planeta

Segundo uma nova pesquisa, publicada no servidor de pré-prints arXiv (ou seja, ainda carece de revisão de dados), caso exista uma civilização extraterrestre que passou por um rápido consumo de tecnologia, a estimativa é que sua autodestruição se tornasse seu destino natural

+ Afinal, é possível que os seres humanos vivam em Marte?

Conforme repercute a CNN Brasil, os pesquisadores apontam que a hipótese sobre as civilizações extraterrestres se assemelha com o comportamento humano — que já esgota os recursos limitados e cada vez mais dá passos largos para uma crise climática irreversível. 

Crise climática além da Terra

De acordo com o estudo, o crescimento tecnológico exponencial de uma suposta civilização fora da Terra poderia causar sua extinção em apenas mil anos.

O raciocínio se deu a partir de uma reflexão sobre os problemas enfrentados em nosso planeta, principalmente no que diz a respeito do consumo de energia de nossa sociedade — que aumentou de forma considerável desde que o uso de energia elétrica se tornou popular em meados do século 19. 

Dessa forma, conforme a civilização humana foi se desenvolvendo, suas necessidades também aumentaram. 

Assim, o artigo aponta que o mesmo poderia acontecer com uma sociedade fora da Terra em apenas um milênio. Afinal, por mais que o consumo de eletricidade seja originário de fontes renováveis, seu consumo excessivo causaria o superaquecimento do planeta, seja a Terra ou qualquer outro

No entanto, caso o crescimento contínuo de demanda energética se torne sustentável ainda assim, a longo prazo, os pesquisadores disseram que uma civilização poderia prosperar por mais de 1 bilhão de anos. 

Independentemente de essas fontes de energia serem de origem estelar ou planetária (por exemplo, nuclear, combustíveis fósseis), demonstramos que a perda de condições habitáveis em planetas terrestres pode ocorrer em uma escala de tempo de até mil anos, contados a partir do início da fase exponencial", aponta o pré-artigo. 

Por fim, os pesquisadores dizem que isso pode explicar a dificuldade de encontrarmos vida inteligente fora da Terra, pelo fato do período de mil anos ser apenas um "piscar de olhos" na escala de tempo do universo.

notícias Espaço estudo mudança climática vida extraterrestre autodestruição

Leia também

Quem veio primeiro: ovo ou a galinha? Estudo bate o martelo


Corpo de alpinista eslovaco é recuperado no Himalaia após escalada histórica


'Silvio', cinebiografia de Silvio Santos, chega ao streaming; confira!


Quarenta macacos fogem de centro de pesquisas na Carolina do Sul


Bolas 'misteriosas' em praias australianas eram formadas por fezes e metanfetamina


Mistério em torno da morte da jornalista ucraniana em prisão russa gera debate