O material foi retirado do tecido cartilaginoso ligado ao fêmur do animal e surpreendeu por seu bom estado de conservação
Pamela Malva Publicado em 02/10/2021, às 11h00
Publicado no periódico Communications Biology, um novo estudo da Academia Chinesa de Ciências revelou que os cientistas da instituição encontraram algumas células de dinossauro muito bem conservadas. Agora, segundo o site Socientifica, os pesquisadores buscam verificar se as estruturas ainda abrigam o DNA do animal.
No total, estima-se que o fóssil de onde as células foram retiradas tem cerca de 125 milhões de anos. De acordo com a pesquisa, tratam-se dos restos mortais de um indivíduo do gênero Caudipteryx, um pequeno réptil bastante parecido com um pavão.
Retiradas do tecido cartilaginoso ligado ao fêmur do animal, as células foram isoladas e coloridas com diversas espécies de corantes. Com isso, foi possível verificar que, de maneira surpreendente, as amostras do dinossauro acabaram coloridas da mesma forma que as células da maioria dos animais submetidas ao mesmo processo.
O problema é que, por enquanto, os pesquisadores ainda não conseguem definir com certeza qual é a composição do núcleo das células do animal. Existe, no entanto, a possibilidade da cromatina ter sido conservada, apesar dos séculos passados.
Estamos obviamente interessados no núcleo fossilizado da célula porque é lá que a maior parte do DNA deveria estar se o DNA estivesse preservado”, apontou Alida Bailleul, co-autora do estudo.
Por fim, ainda de acordo com os cientistas, as células do dinossauro foram conservadas depois que o fóssil foi impregnado com compostos de sílica e alumínio. Nesse processo, a maior parte do citoplasma celular foi substituída pelo material, o que pode ter protegido as estruturas da cromatina e, com muita sorte, a informação genética.
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