Idosas comendo sorvete na Inglaterra, em 2014 - Peter Macdiarmid/Getty Images
Ciência

Cientistas buscam pelo segredo da longevidade em freiras e moluscos

Diversos estudos têm buscado entender melhor como aumentar a longevidade do ser humano

Redação Publicado em 31/03/2023, às 15h18

Em 2021, números da ONU mostraram que a humanidade tinha 573.400 centenários. Esse número fica ainda menor quando estamos falando de supercentenários, pessoas com mais de 110 anos. A pessoa mais velha do mundo hoje é María Branyas Morera, que fez 116 anos no último dia 4 de março. Antes dela, quem detinha essa posição era a freira francesa Irmã André, que chegou aos 118 anos e faleceu em janeiro de 2023.

A busca da humanidade pela longevidade continua, mobilizando a ciência para entender o que faz dessas pessoas pontos tão fora da curva. Será que é só "sorte e boa genética", como disse Branyas Morera ao Guinness World Records? Ou será que há muito mais envolvido?

Interno e externo

Segundo o site Medline, um serviço da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, aproximadamente 25% da duração da vida de alguém é determinada pela genética. O mesmo artigo também mostra que filhos e irmãos de centenários tendem a viver mais do que a maioria das pessoas.

Mas não são só os fatores internos do nosso corpo que fazem diferença na nossa longevidade. Na verdade, práticas, comportamentos e fatores externos e ambientais também fazem parte da construção de uma vida longa. Alimentação saudável, realização de exercícios físicos, tudo isso já é compreendido. Porém, alguns pesquisadores encontraram outro fator ambiental que pode aumentar a longevidade: a vida em um convento.

Segundo o site de divulgação científica LiveScience, a antropóloga Anna Corwin escreveu um livro ligando longevidade às vidas de diversas freiras católicas, associando as vidas mais longas entre esse grupo às práticas culturais que elas exercem, em comunidades fechadas de intensa atividade.

Resposta animal

Outros cientistas estão buscando o segredo para a longevidade humana fora do ser humano. Steven Austad, um professor de biologia da Universidade do Alabama em Birmingham, explicou ao LiveScience sua pesquisa sobre a longevidade de diversos animais, incluindo um molusco marinho, Arctica islandica, que chegou aos impressionantes 507 anos de idade.

Um fator importante para a longevidade desse molusco é o ambiente em que ele vive, gelado e sem ameaças reais de predadores. Não é exatamente uma condição de vida que nós, humanos, possamos reproduzir, mas Austad argumenta que mais pesquisa é necessária para entender os truques genéticos dos moluscos, talvez conseguindo adaptá-los em remédios e tratamentos para seres humanos.

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