Equipe de cientistas considerou a tentativa da empresa americana Colossal Biosciences de reintroduzir as espécies
Redação Publicado em 11/03/2023, às 09h01 - Atualizado às 09h41
Neste sábado, 11, cientistas que integram a equipe do Museu de Zoologia da USP informaram, em reportagem para o jornal Folha de São Paulo, que as chances de trazer dodôs, visto pela última vez em 1662, e mamutes, extintos há 10 mil anos, de volta à vida são baixas. A equipe considerou a tentativa da empresa americana Colossal Biosciences de reintroduzir as espécies.
É muito difícil realizar esse procedimento e, além de ter as barreiras do próprio organismo, ninguém nunca viu um ovo de dodô, não temos ideia de qual o seu tamanho", argumentou o professor Luís Fábio Silveira.
Em outro momento, ele apontou para as questões de manipulação genética, um dos pilares do investimento de US$ 15 milhões (cerca de R$ 78 milhões) da Biosciences, e como estas podem interferir nos animais:
Obviamente você vai ter um animal que não é um dodô, ou um animal que não é um mamute, mas que são híbridos. O que é legal, porém, é ver o salto de inteligência e investimento tecnológico, principalmente com manipulação genética, que serão muito interessantes".
Conforme noticiado pela Folha de São Paulo, em 2021, a empresa divulgou os planos para readaptar o mamute lanoso (Mammuthus primigenius) nas estepes de tundra da Sibéria e do Alasca. Em outro momento, a mesma organização anunciou a técnica de 'desextinguir' o pássaro dodô (Raphus cucullatus), originário das Ilhas Maurício, no oceano Índico.
Em nota, Beth Shapiro, paleogeneticista contratada para a realização dos trabalhos, explicou que "a versão final do dodô irá eclodir do pombo geneticamente modificado", sendo uma combinação de células germinativas, e o mamute a reconstrução do DNA com base nos fragmentos encontrados em fósseis congelados.
Para Ben Lamm, cofundador da empresa, o objetivo é de que os animais possam voltar ao seu habitat natural, uma vez que o mamute é "crítico para o combate dos efeitos das mudanças climáticas" e o dodô "emblemático porque representa uma espécie que desapareceu devido às mudanças provocadas em seu habitat pelo homem".
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