Revestimento em banheiro do Shopping Boulevard, em Vila Velha, conta com fósseis de milhões de anos, originários da Bacia Potiguar, no RN
Redação Publicado em 09/12/2023, às 11h37 - Atualizado em 11/12/2023, às 08h36
Cientista e doutoranda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Beatriz Hörmanseder chamou atenção na última semana entre usuários do X, antigo Twitter, ao divulgar ter encontrado vestígios fósseis em um lugar bastante diferente dos sítios arqueológicos que temos pelo mundo: o banheiro do Shopping Boulevard, em Vila Velha, Espírito Santo.
Na última quinta-feira, 7, Hörmanseder publicou em sua conta na rede social uma imagem da descoberta. "Em Vila Velha no ES você acha fósseis nas paredes do banheiro. São essas conchinhas cortadas no meio (parecido com as dos caracóis). Essa rocha é da Bacia Potiguar no Rio Grande do Norte e tem 100 milhões de anos", escreve.
Mais 2 pontos em 2 estados diferentes pra vocês verem fósseis:
— Beatriz Hörmanseder (@boringsuchus) December 7, 2023
Em Vila Velha no ES você acha fósseis nas paredes do banheiro.
São essas conchinhas cortadas no meio (parecido com as dos caracóis)
Essa rocha é da Bacia Potiguar no RN e tem 100 Milhões de anos.
+ pic.twitter.com/RMNPG8HfZS
Em outra publicação, a cientista explica que o calcário encontrado no banheiro do shopping, onde estão os fósseis, possui a mesma origem daquele encontrado no chão do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro. Lá, segundo a Revista Galileu, existe um revestimento repleto de fósseis de antigos moluscos provenientes da Formação Jandaíra, do Cretáceo Superior da Bacia Potiguar — uma bacia sedimentar localizada no Rio Grande do Norte.
Ao site A Gazeta, a paleontóloga do departamento de Ciências Biológicas da Ufes, Taíssa Rodrigues, complementa ainda que há mais de uma espécie no revestimento mostrado por Hörmanseder, descrevendo inclusive um possível Plesioptygmatis, um molusco da Era Mesozoica. "Como as lajes — tanto do shopping quanto do museu carioca — vêm do mesmo lugar, vão ter as mesmas espécies vistas no Museu do Amanhã," acrescenta.
Os achados recentes não são os únicos do tipo feitos por Hörmanseder e divulgados em sua conta no X. Anteriormente, no dia 3 de dezembro, realizou outra descoberta na Casa Sapucaí em Belo Horizonte, Minas Gerais, enquanto voltava de uma boate. "Essas 'manchinhas' na pedra são estromatólitos, uma das primeiras formas de vida do nosso planeta!", publicou.
É fóssil!
— Beatriz Hörmanseder (@boringsuchus) December 3, 2023
Essas "manchinhas" na pedra são Estromatólitos, uma das primeiras formas de vida do nosso planeta!
E eu achei na Casa Sapucaí em Belo Horizonte/MG.
(1/4) https://t.co/NJKOmzhxdh pic.twitter.com/CkNM22iwPU
Posteriormente, Hörmanseder também explicou no TikTok o que são os estromatólitos: "são colunas de várias camadas de bactérias que vão se empilhando. É como se a gente pegasse essa coluna, cortasse no meio e olhasse de cima e fica redondinho, igual um tronco." Ela ainda conta que esses seres vivos habitam nosso planeta há 2,4 bilhões de anos, sendo os responsáveis pelo oxigênio que aqui existe.
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