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Estados Unidos

Chefe de segurança cibernética dos EUA é demitido após negar alegações de fraude nas eleições

Trump ordenou a demissão de Chris Krebs através do Twitter, acusando-o de ter feito uma declaração "altamente imprecisa" sobre a eleição

Giovanna de Matteo Publicado em 18/11/2020, às 10h05

Donald Trump anunciou na última terça-feira, 17, através de um post no Twitter, a demissão de Chris Krebs, diretor da Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura dos Estados Unidos (CISA), principal autoridade de segurança cibernética do país.

A ordem de demissão veio após Krebs ter rejeitado as acusações de fraude nas eleições americanas, que ocorreram em 3 de novembro, e afirmado que a votação teria sido a "mais segura da história".

O presidente dos Estados Unidos alegou, sem evidências, que o chefe da CISA teria feito uma declaração "altamente imprecisa" sobre a eleição, na qual ele confia fielmente que houve trapaça.

Depois de sua derrota, Trump se recusou a aceitar a vitória de seu adversário Joe Biden, e acusa que a contagem dos votos foi adulterada. Sua equipe de campanha entrou com ações judiciais em alguns Estados para que haja recontagem das cédulas eleitorais, embora as autoridades confirmem que não há evidências de irregularidades.

Por outro lado, o trabalho de Chris Krebs, que consistiu em proteger a eleição de 2020 contra hackers, e ainda combater a desinformação, foi reconhecida e elogiada por membros de ambos os partidos, assim como também por autoridades estaduais e eleitorais ao redor do país. No entanto, o presidente e seus aliados rejeitaram a credibilidade de seu trabalho, perante a sua recusa em apoiar que houve interferência eleitoral.

Trump falou no Twitter que Krebs havia dito às pessoas que a eleição havia sido segura, porém ele afirmou, novamente sem provas, que havia "grandes impropriedades e fraudes - incluindo pessoas mortas votando, fiscais de urna proibidos em locais de votação", além de defender que alguns votos que seriam para ele foram trocados para eleger Biden.

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