Assim como Kiko, a atriz teve problemas com Roberto Bolaños para interpretá-la fora da série
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 19/12/2021, às 07h00
Entre os anos de 1972 e 1980, a transmissão original do seriado "El Chavo del Ocho" na televisão mexicana marcou a América Latina com episódios retratando a curiosa vila onde morava o personagem Chaves, interpretado por seu criador e principal roteirista, Roberto Gomes Bolaños, que criou também os companheiros do protagonista.
Ligado por outras figuras infantis, como o personagem Kiko, interpretado por Carlos Villagrán, e Chiquinha, personificada por María Antonieta de las Nieves, o enredo foca nos moradores e familiares, além de prestadores de serviço da vila, que interagem em situações cotidianas de uma região de baixa-renda, marcando o sucesso internacional da produção por se aproximar da realidade de muitas famílias sul-americanas.
Contudo, em respeito ao personagem, Bolaños decidiu deixar de lado Chaves por sua idade avançada em representar uma criança, realizando a última esquete do grupo em 1992. Villagrán conseguiu seguir carreira solo ao mudar a nomenclatura de "Quico", conforme apresentado anteriormente, para "Kiko", possibilitando sua licença. Chiquinha, no entanto, enfrentou problemas para continuar.
Originalmente chamada de 'Chilindrina' na transmissão mexicana, a atriz da personagem chegou a ter de pedir autorização para o autor quando recebeu uma proposta de série própria em 1994, chamada 'Aquí está la Chilindrina". Contudo, aproveitou o vencimento do registro da personagem para estrelar produções como a garota chorona, travando uma batalha com Bolaños.
Tal interesse pelos direitos de interpretar a filha de Seu Madruga iniciou um processo judicial que, de acordo com a atriz, perdurou ao longo de 12 anos contra Roberto e a rede Televisa, reivindicando o direito de interpretá-la não apenas nos cinemas e em espetáculos, mas também em participações em outras emissoras, como fez o ator de Kiko.
A resolução judicial ocorreu somente em julho de 2013, quando a intérprete teve a causa ganha e conseguiu prosseguir interpretando Chiquinha livremente, um ano antes do falecimento de Bolaños. Na ocasião, ela contou em suas redes sociais que não tinha problemas pessoais com o criador, mas que contribuiu com a construção das características da garota, como informou o G1.
Agora Chiquinha é só minha. [...] Foram doze anos de guerra nos tribunais, e por isso nem comemorei quando soube que venci o julgamento, porque até agora a ficha não caiu. O que passei foi muito difícil, mas agora posso dizer que foi uma vitória", concluiu María.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro