Vinícius Jr. foi alvo de oito entre nove casos de racismo registrados no Campeonato Espanhol nesta temporada
Fabio Previdelli Publicado em 24/05/2023, às 18h51
Para o alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, os ataques racistas sofridos por Vinícius Jr. no último domingo, 21, são um "lembrete gritante" de como o preconceito racial ainda existe no esporte.
+ Por que o racismo ainda existe no futebol?
Para suprimir cada vez mais episódios lamentáveis como o ocorrido no estádio Mestalla, Türk pediu para que os governos se envolvam na discussão e que as entidades que realizem eventos esportivos adotem mais estratégias para prevenir e combater o racismo.
E precisamos começar ouvindo esportistas afrodescendentes", salientou Volker.
"Eles [a Espanha] começaram a prender pessoas de forma muito rápida, mas também precisamos que quem organiza eventos esportivos leve essa questão muito a sério", prosseguiu. "Está mais do que óbvio que precisamos olhar para a questão dos direitos humanos de uma forma mais ampla".
O alto comissário da ONU ainda disse que irá elaborar um guia protocolar para as entidades saberem como evitar ou agir em casos dessa natureza durante eventos esportivos, em geral.
No último domingo, 21, o jogo entre Valencia e Real Madrid ficou marcado pelos abomináveis insultos racistas proferidos contra o atleta brasileiro Vinícius Jr. A partida chegou a ficar paralisada por oito minutos após torcedores do Valencia gritarem "mono" ('macaco') das arquibancadas.
Só nesta temporada do Campeonato Espanhol, foram registrados nove casos de racismo, sendo oito delas contra o atleta brasileiro do Real Madrid. Mas, infelizmente, os casos de preconceito não são algo exclusivos da Espanha.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro