Com autorização de museu holandês, a réplica da Casa de Anne Frank fará parte do projeto de expansão do Memorial do Holocausto e da Imigração Judaica
Fabio Previdelli Publicado em 22/02/2024, às 14h54
Localizado no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, o Memorial do Holocausto e da Imigração Judaica abrigará uma réplica da Casa de Anne Frank — museu em Amsterdã dedicado à autora judia que através de seu diário se transformou em símbolo da memória das vítimas do Holocausto.
+ Há 76 anos, era publicado 'O Diário de Anne Frank'
Segundo informado em primeira mão pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, a instalação, que será uma ampliação do espaço, terá dois andares e conta com autorização do próprio museu holandês.
Atualmente, instalações semelhantes já existem em diversos países, como Berlim, Buenos Aires e Nova York. Para a expansão do projeto, o Memorial do Holocausto e da Imigração Judaica contará com a captação de fundos através da Lei Rouanet.
O Ministério da Cultura já concordou com a liberação de 16 milhões de reais para a criação do espaço — sendo que, deste montante, cerca de R$ 7,5 milhões já estão assegurados; oriundos de participações de empresas como Safra, BTG Pactual Resseguradora, Daycoval e CSN; além da entrada de pessoas físicas, como Gilson Finkelsztain, presidente da B3.
Nascida em 12 de junho de 1929, Annelies Marie Frank ganhou seu diário, apelidado de Kitty, quando completou 13 anos. Entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944, a jovem judia relatou o cotidiano de sua família e outros judeus perseguidos pelo exército alemão enquanto se escondiam em um anexo secreto junto ao escritório de seu pai, em Amsterdã.
Com registros sobre seus medos, breves momentos de alegrias, descobertas sobre a vida e inúmeros sentimentos, Anne Frank cativou os leitores ao apresentar o autorretrato de uma jovem sensível e sonhadora, mas determinada e corajosa. Embora tenha sido uma das vítimas do Holocausto, ainda assim conseguiu realizar sonhos e ter sua figura eternizada.
+ Peter Schiff: O grande amor de Anne Frank
Quero ser útil ou trazer alegria a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo depois da morte! E é por isso que agradeço tanto a Deus por ter me dado esse dom, que posso usar para me desenvolver e para expressar tudo o que existe dentro de mim", registrou em passagem de seu diário.
Lançado em 1947, o Diário de Anne Frank é um dos livros mais vendidos do mundo: cerca de 30 milhões de cópias, adaptadas em 70 idiomas diferentes.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro