Após o animal morrer e encalhar na praia, moradores de Coutos disputaram as peixeiras para tirar nacos da carne do mamífero e levar para a churrasqueira
André Nogueira Publicado em 04/09/2019, às 12h00
Na última sexta-feira (30), uma baleia jubarte encalhou na praia de Coutos, na costa de Salvador (BA), e virou churrasco na mão dos moradores do subúrbio ferroviário, na região. A informação foi rapidamente disseminada pelo compartilhamento de vídeos de pessoas retirando a carne e a assando na churrasqueira, que foram reproduzidos pelo aplicativo WhatsApp. O animal tinha cerca de 15 metros e pesava cerca de 40 toneladas.
Em imagens, é possível ver um homem cortando, com dificuldade, a gordura do animal com uma peixeira, enquanto muita gente em volta conversa e pede ferramentas ou nacos de carne. Em outro, bifes de carne de baleia são levados a uma chapa de metal para cozinhar. “Vai ter churrasco hoje [...] Parece carne de boi mesmo”, diz um dos que preparavam a carne.
A atividade pode ser perigosa, com grande chance de contaminação, dizem os biólogos. Luena Fernandes, do Projeto Baleia Jubarte, afirmou que não apenas essas pessoas estão sujeitas ao contágio de doenças comuns entre mamiferos ou uma intoxicação, mas também que a ação infringe leis ambientais (7.643/87), pois a pesca, o consumo e a comercialização de cetáceos (como a baleia) é proibida em águas brasileiras. Porém, nenhum caso de intoxicação foi relatado até agora.
O médico Antonio Bandeira, que preside a Sociedade Baiana de Infectologia, ficou embasbacado com a situação, classificando-a como “tão esdruxula” que não haveria muito daquilo que competeria a seu cargo: “A medicina está habituada a se debruçar sobre os riscos de infecção da carne comercial, como a bovina e a suína, mas carne de baleia? Não é algo que vemos todo dia”, disse.
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