Fotografia de Marte - Foto por CC BY-SA 3.0 IGO pelo Wikimedia Commons
Marte

Camadas de gelo são identificadas no topo de montanhas e vulcões de Marte

Embora discreta, presença de gelo no planeta vermelho pode abrir portar para novas possibilidades de exploração espacial; entenda!

Éric Moreira Publicado em 10/06/2024, às 14h31

Recentemente, astrônomos detectaram sobre as maiores e mais altas montanhas de Marte — vulcões que são até três vezes mais altos que o Monte Everest — um fenômeno que, para a exploração espacial, pode ser um divisor de águas: uma geada matinal.

Conforme descrito pelos pesquisadores, em estudo publicado na Nature Geoscience, nos meses mais frios de Marte, uma fina camada de gelo — mais fina que um fio de cabelo — forma-se durante as noites, nos pontos mais altos dos vulcões. Depois do nascer do Sol, elas rapidamente evaporariam.

+ Camada de gelo com 4 quilômetros de espessura é encontrada em Marte

No entanto, não se engane pela espessura da camada de gelo: os cientistas especulam que, nas estações mais frias, elas acumulem até 150 mil toneladas de água, o equivalente a 60 piscinas olímpicas. Esta é a primeira vez que água congelada é descoberta nos cumes dos vulcões de Marte.

Um passado vivo?

Anteriormente, já haviam sido encontradas outras evidências de água congelada e líquida em Marte, principalmente nos polos norte e sul. Porém, a descoberta de geadas no Equador do planeta levanta hipóteses de que as paisagens de Marte, em algum momento, já foram muito mais úmidas, habitáveis, com lagos e rios, como é na Terra.

O que estamos vendo pode ser um vestígio de um clima marciano do passado. Pode estar relacionado com processos climáticos atmosféricos que ocorreram no início da história marciana, talvez há milhões de anos", afirma Adomas Valantinas, cientista planetário da Universidade de Berna, na Suíça, e da Universidade Brown, nos Estados Unidos, ao The Guardian.

Agora, os pesquisadores envolvidos no estudo percebem como "compreender o atual ciclo da água na atmosfera de Marte e perto da superfície será importante para futuras missões de exploração, incluindo as humanas, onde a água será o principal recurso in situ", pontua o professor de ciências planetárias da Universidade de Leicester, John Bridges, ao The Guardian.

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